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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

DUO MAQUIAVELICO

No dia 13 de Setembro de 2005 encontrava-me na situação de pronto no Posto Territorial da GNR de Vila Verde, e, cerca das 10h00 o Comandante do Posto ordenou-me que substituisse o Atendimento ao Público (Soldado Viana) ordem que acatei.
Cerca das 12.30 dirigi-me ao posto rádio onde se encontravam o adjunto do Comandante do Posto bem como a patrulha 07/13 que já tinha regressado e disse "vou almoçar alguém que fique por mim" e dirigi-me para o meu carro que estava estacionado junto à entrada do Posto. Nesse instante surgiu o Cabo Gouveia, comandante da referida patrulha e perguntou-me:
Monteiro quem fica por ti?. Respondilhe - ficas tu!!! ao que ele anuiu. Isto só acontece com militares sem perfil como o Cabo Gouveia, porque como Comandante da Patrulha 07/13 o que tinha de fazer era ordenar ao seu imediato - Soldado Sousa que ficasse a render-me).
Fui almoçar. Já no caminho recebi um telefonema do Cabo-chefe, adjunto do Comando a dizer-me que ninguém tinha ficado a render-me. Ao que lhe respondi!!! se não há quem me renda ficas tu, pois estas de patrulha. (1)
Quando regressei do almoço cerca das 14h00 estava a ser rendido pelo soldado 605 - Fernandes que entrou de serviço as 13h00. Foi-me dito pelo Soldado 605 - Fernandes que o Cabo Gouveia mais o seu imediato - soldado Sousa discutiram fortemente quem devia render-me.
Cerca das 14h30, regressaram do almoço o comandante e o adjunto. (2)
O comandante assim que passou por mim disse-me para ir ao seu gabinete.
Fui, entrei e encostei a porta. Pediu-me um esclarecimento sobre o que se tinha passado e eu expliquei-lhe. Começaram as agressões verbais, dizendo entre outras coisas que eu era incompetente etc. etc.
Comecei a ficar bastante nervoso e respondi-lhe:
Meu Ajudante (sargento-ajudante) acabe com essas parvoeiras e dei mei-volta para abandonar o gabinete. (3)
De imediato, sentime agarrado por alguém que estava atrás de mim e que dizia: "daqui não sais sem ouvires o que o comandante tem para te dizer, vi que era o adjunto, tentei puxar da arma para me defender ao mesmo tempo que dizia "eu mato-vos seus filhos da puta". Claro que jamais consegui libertar-me daqueles braços possantes do adjunto o qual me dominou e sentou-me num maple ali existente.
De imediato o Comandante levantou-se, desapertou-me o cinturão e tirou-me o coldre com a respectiva arma. Deu-me voz de prisão e constituiu-me arguido.
puseram-me no bar. Pedi 1/4 de águas e quando o soldado Viana se preparava para mas dar o Cabo-chefe ordenou-lhe que não me desse água.
pedi para ir ao hospital, esse verdugo disse-me que tinha tempo, primeiro tinha de ir ele e o comandante. Assim foi, foram curar-se(?) ao Centro de Saúde e quando chegaram fui sob prisão curar-me ao Hospital da Misericórdia.
Pedi para telefonar para a minha esposa, o verdugo não autorizou. Até que ele saiu e com a conivência de quem me estava a guardar telefonei para minha casa e atendeu a minha filha à qual disse que estava detido no Posto.
De imediato a minha esposa telefonou para o Posto e o sabujo que atendeu dizia "minha senhora o seu marido está na patrulha". (4)
Chegou o Comandante de destacamento e uma equipa do NIC e levaram-me sob prisão para o Comando do grupo em Braga, onde fiquei detido, até ser presente ao DIAP no dia seguinte pelas 10h00.
No DIAP, saí com TIR e voltei ao serviço.
Quando cheguei o comandante do grupo disse-me para escolher três postos territoriais.
Escolhi, Prado, Amares e Ruílhe. Já estava tudo feito. Pôs-me no Posto que eu não queria, o posto de Braga que era comandado por um homem que já me tinha punido em Amares. Assim que me apresentei no Posto de Braga esse homem avisou-me logo "você já me conhece, assim que meter o pé na argola escrevo".
Tanto que me persegueu que me arranjou outra punição.
Devido ao meu débil estado de saúde quer físico quer psicológico, pois andava na consulta de psiquiatria no Centro Clinico da GNR do Carmo - Porto, o médico deu-me baixa e probiu-me de fazer serviços depois das 17h00. (5)
Continuei a fazer serviços até à 01h00.
Um dia, farto de ser humilhado, fui ter com o Comandante do Posto e mostrei-lhe a minha indignação. Este não ligou, queixei-me dele. O Comandante do Grupo entendeu que a queixa não se justificava e arquivou-a.
Há meses fui abordado pelo Cabo Gouveia(6) na minha terra - Merelim S. Paio que me perguntou o ponto da situação. Respondilhe rispidamente "Não tens vergonha do que fizeste!!, até pensei que me vinhas pedir desculpa pelos 6 meses de prisão que me arranjaste". Respondeu-me com uma frieza olimpica "tu já sabias que estava tudo feito", chamei-lhe cobarde e porque estou com pena suspensa virei-lhe as costas e fui-me embora.

(1) - O Cabo-chefe estava de patrulha 09/13 - 14/18 só para constar e ganhar o suplento de patrulha, pois como adjunto tinha de fazer 40 horas mensais, enquanto o patrulheiro tem de fazer 100 horas mensais. Isto quer dizer que os amanuenses (escriturários) alem de não fazerem serviços nocturnos ganhavam sempre suplento de patrulha, enquanto nós os patrulheiro muitos meses não conseguiamos fazer as 100 horas.
(2) - Não era normal almoçarem juntos, pois o Adjunto ia almoçar a casa que ficava no Concelho de Amares. Estiveram a preparar a "caballa".
(3) - O gabinete do Comandante do Posto era um cubículo recuado com cerca de 3m2 onde se "enfiava" para não ser visto.
(4) - Esse sabujo e o comandante vieram da já extinta Guarda Fiscal.
(5) - O Regulamento do serviço de saúde da GNR diz que o horário nocturno começa às 17h00.
(6) - O Cabo Gouveia é um militar muito fraquinho a todos os níveis. No ano que esteve à frente da gerência do bar deu um desfalque e ficou tudo calado.

CONSEQUÊNCIAS: PASSAGEM COMPULSIVA À REFORMA COM PERDA DE 25% NA PENSÃO
- PERDA DA ASSISTENCIA NA DOENÇA
- PERDA DA QUALIDADE DE SÓCIO DOS SERVIÇOS SOCIAIS.

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