O Asteroid Deflection Research Center (EUA) desenvolve tecnologia para salvar a Terra de asteróides
A possibilidade de um meteorito impactar com a Terra é um perigo real. Por isso, procurar formas de prevenção tem sido uma aposta de muitos investigadores. A Asteroid Deflection Research Center, da Universidade Estatal de Iowa (EUA), tem dedicado os últimos cinco anos a este trabalho.
Bong Wie, director do centro e professor de Engenharia Aeroespacial,
dirige uma pequena equipa que já publicou mais de 40 artigos técnicos.
Teve o patrocínio da NASA de 600 mil dólares para investigação e 500
milhões para o teste de lançamento do sistema de interceptação de asteróides.
O investigador, no site da universidade, afirma que este é um “assunto sério”,
lembrando eventos recentes, como o asteróide que caiu na Rússia a 15 de
Fevereiro, danificando numerosas cidades e ferindo mais de mil pessoas,
e o 2012 DA14 que, no mesmo dia, fez uma rasante ao nosso planeta. “Se tivesse chocado com a Terra, teria o efeito de 160 bombas de Hiroshima”, afirma.
A investigação já realizada leva Wie a acreditar que seria necessário
um impacto duplo com energia nuclear para desfazer um asteróide em
pedaços inofensivos; isto, quando não houver um aviso atempado para ser
possível utilizar uma defesa não nuclear.
Bong Wie
O satélite embate no asteróide a uma velocidade de 10 quilómetros por
segundo, criando uma grande cratera no mesmo. Imediatamente antes do
impacto, o dispositivo nuclear é libertado da parte de trás do satélite,
criando um ligeiro atraso na detonação, permitindo assim que o
dispositivo 'voe' para dentro da cratera. A explosão destrói o
asteróide.
“O efeito global da explosão dentro da cratera é 20 vezes maior e mais eficaz do que uma explosão à superfície”, afirma Wie.
Os pedaços do asteróide ficariam assim espalhados numa grande nuvem de
detritos. Menos de 0,1 por cento desses pedaços – que poderiam ter
aproximadamente cinco metros – entrariam na atmosfera terrestre, não
provocando danos significativos.
Na teoria, funciona, mas na prática, não se sabe. “Temos toda a
tecnologia necessária. Não é preciso criar nada de novo, apenas
projectar, integrar e montar essa tecnologia. E precisamos de praticar”, conclui o investigador.
Fonte: Ciência hoje
Fonte: Ciência hoje
Sem comentários:
Enviar um comentário