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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

UMinho testa tratamento sem fármacos para controlar a miopia

Estudo mundial envolve mais de 300 crianças dos oito aos 12 anos



Miopia acima das 5 ou 6 dioptrias é mais problemática
O Centro de Física da Universidade do Minho (UMinho) está a testar a eficácia de um dispositivo médico para diminuir a progressão da miopia, sem recorrer a qualquer fármaco. A investigação faz parte daquele que é até agora o maior ensaio clínico mundial do género e envolve mais de 300 crianças dos oito aos 12 anos. O projecto, que se prolonga por três anos, conta ainda com centros de investigação do Canadá, Reino Unido, Singapura e Hong Kong.

“Há tratamentos promissores que permitem diminuir significativamente o aumento da miopia”, explica o professor José González-Méijome, coordenador do Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental (CEORLab).

Este distúrbio visual atinge cerca de um terço da população europeia e mais de 70 por cento em muitos países asiáticos. Os estudos mais recentes apontam para um aumento significativo da incidência da miopia nas gerações mais jovens, que têm também valores cada vez mais elevados desta dificuldade em ver bem ao longe.

A miopia pode apresentar-se em diversas idades, atingindo em geral valores maiores quanto mais cedo se manifestar nas crianças, aumentando mais rapidamente entre os 8 e 12 anos de idade, explica José González-Méijome, sublinhando: “É precisamente quando a miopia aumenta acima das 5 ou 6 dioptrias que esta anomalia da visão se torna mais problemática, pois associa-se a alterações mais severas que podem comprometer a visão definitivamente, conduzindo à cegueira”.

Este motivo levou a Organização Mundial da Saúde a considerar a miopia como um alvo prioritário.


Fonte: Ciência Hoje 

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