Acções missionárias e tráfico de drogas são ameaças para os indígenas

Casa da tribo isolada no Vale do Javari (Foto: Peetsa/Arquivo CGIIRC-Funai)
Foi encontrada aquela que será uma das últimas tribos amazónicas que permanecem isoladas do mundo ocidental. Entidades oficiais brasileiras confirmaram a descoberta da tribo, na zona ocidental da Amazónia, que conta com 200 indígenas, avançou o portal do Survival International.
Segundo este grupo de defesa dos direito indígenas, esta tribo que vive em três clareiras, no Vale do Javari, perto da fronteira com o Peru, tem consciência do “mundo exterior” mas optou por permanecer afastada da civilização ocidental mantendo o seu estilo de vida tradicional.
As imagens aéreas recolhidas pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), no Brasil, mostram que a tribo cultiva milho, amendoins, bananas e outros produtos agrícolas.
De acordo com a FUNAI, a confirmação da existência desta tribo permitirá ao governo tomar medidas para proteger a área e o seu modo de vida, pois, devido ao seu prolongado isolamento, o contacto com o mundo exterior pode ser perigoso.
Com as suas expedições, os agentes deste departamento não pretendem entrar em contacto com os índios, mas monitorizar as suas terras para que possam lá viver sem distúrbios, tal como desejam.
Fabrício Amorim, líder da expedição da FUNAI, alertou que "entre as principais ameaças para o bem-estar destes grupos estão a pesca ilegal, a caça, a exploração madeireira, a pecuária, as acções missionárias e o tráfico de drogas", sendo que a exploração de petróleo no lado peruano da fronteira também representa um risco para estas pessoas.
A Survival International relata também que, em 1987, 45 indígenas morreram devido a doenças comuns para o homem ocidental – como a gripe - transportadas por um grupo de missionários que decidiu contactar a tribo.
Já em 2008, o grupo tinha divulgado fotos de uma outra tribo que vivia isolada na fronteira entre o Brasil e o Peru.
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