Universidade de Coimbra, Instituto Pedro Nunes e Active Space Technologies desenvolvem nova geração de aerogéis
2011-07-06
Por Luísa Marinho

Estes aerogéis distinguem-se dos demais “devido à sua flexibilidade”, diz Ricardo Patrício
Em conversa com o «Ciência Hoje», Ricardo Patrício, responsável da Active Space Technologies, explica que este material se distingue dos demais aerogéis “devido à sua flexibilidade”.
O aerogel é um “material extremamente poroso e leve o que permite uma excelente performance técnica. É óptimo para aplicação espacial como isolante térmico de componentes electrónicos”, esclarece o investigador.
Os que estão agora a ser desenvolvido serão utilizados para manter uma gama de temperatura ideal para o bom funcionamento dos aparelhos electrónicos. “Principalmente para proteger do frio, visto que as temperaturas podem descer ao 40 graus negativos e os componentes electrónicos só funcionam até aos 20 negativos”, esclarece.
A grande vantagem do aerogel é a sua característica de flexibilidade, “muito importante para conter as vibrações de grande energia que vão acontecer durante o lançamento”.

Aerogéis serão usados como isolante térmico de componentes electrónicos
O segredo da flexibilidade do material está no uso de “um processo específico de secagem dos produtos à base de sílica que garante uma menor densidade e maior flexibilidade”.
Outras aplicações dos aerogéis
Além das aplicações na área das ciências espaciais, este material pode também ser aplicado em construção civil e ser utilizado para filtrar materiais pesados, como os hidrocarbonetos, por exemplo, para filtragem de derrames de petróleo no mar.
A aplicação na área da saúde é também uma das possibilidades. “Podemos criar um tipo de cápsulas para medicamentos que garantam a libertação controlada e segura de fármacos”.
“Temos um componente I&D bastante forte e estamos a estudar estas aplicações mas ainda internamente, a pensar em potenciais parceiros”.
“Temos um componente I&D bastante forte e estamos a estudar estas aplicações mas ainda internamente, a pensar em potenciais parceiros”.
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