Tolerância às Opiniões
"Para que os homens possam sentir-se felizes com a minha companhia, é necessário antes de tudo que eu tenha a grande força de ver como prováveis as opiniões a que aderiram, desde que as não venham contradizer os factos que posso observar; não devo supor-me infalível; não devo considerar-me a inteligência superior e única entre o bando de pobres seres incapazes de pensar; cumpre-me abafar todo o ímpeto que possa haver dentro de mim para lhes restringir o direito de pensarem e de exprimirem, como souberem e quiserem, os resultados a que puderam chegar; de outro modo, nada mais faria de que contribuir para matar o universo: porque ele só vive da vida que lhe insufla o pensamento poderoso e livre."
Agostinho da Silva, in 'Diário de Alcestes '
CRIEI ESTE BLOGUE A FIM DE MOSTRAR À SOCIEDADE A REVOLTA QUE SINTO PELO MOTIVO DE UM ACTO COBARDE E HEDIONDO ME TEREM PASSADO COMPULSIVAMENTE À REFORMA.
Notícias
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terça-feira, 26 de julho de 2011
Cientistas detectam maior reservatório de água do universo
Registo feito num quasar a 12 mil milhões de anos-luz

Ilustração do quasar APM 08279+5255 (Imagem: Nasa / ESA)
Duas equipas de astrónomos lideradas por cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram o maior e mais distante reservatório de água jamais encontrado no universo.
A massa de água localiza-se a 12 mil milhões de anos-luz, pelo que as imagens são de uma altura em que o universo tinha apenas 1,6 mil milhões de anos, e corresponde a 140 triliões de vezes toda a água dos oceanos terrestres, de acordo com a NASA e com o estudo que foi publicado na revista “Astrophysical Journal Letters”.
A água encontrada está a envolver um quasar - um objecto brilhante e muito distante no universo, localizado no núcleo de uma galáxia e “alimentado” pela energia de um buraco negro supermassivo.
O APM 08279+5255, quasar observado nesta investigação, tem um buraco negro 20 mil milhões de vezes mais massivo do que o Sol e produz energia superior à energia de triliões de sóis.
O vapor de água ajuda a compreender a natureza deste quasar e a sua medição revela que há gás suficiente para alimentar o buraco negro até que atinja seis vezes o seu tamanho.
O gás libertado pelo buraco negro apresenta uma temperatura de 53 graus negativos, o que é cinco vezes mais quente do que os gases soltos na Via Láctea. “O ambiente em volta deste quasar é muito peculiar e é por isso que produz essa grande massa de água”, disse Matt Bradford, cientista do Laboratório da NASA, em Pasadena (Califórnia).
Embora já se tivesse detectado vapor de água em outras partes do universo, nunca tinha sido em tão grandes quantidades. De acordo com Matt Bradford, a nova descoberta “é uma demonstração de que a água está por todo o universo, mesmo nos seus primórdios".
Pensamento do dia
"O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado."
Einstein , Albert
Encontrados doze vulcões submarinos desconhecidos
Estruturas geológicas foram descobertas no oceano Antárctico
Uma cadeia de doze vulcões, alguns com três quilómetros de altitude, foi encontrada nas águas do Oceano Antárctico por cientistas do British Antarctic Survey (BAS), sendo este mais um passo para uma melhor compreensão da actividade vulcânica.
De acordo com a BAS, a investigação foi realizada através do navio oceanográfico “RRS James Clark Ross”, onde os cientistas mapearam o fundo do mar junto às ilhas South Sandwich, durante duas missões, em 2007 e 2010.
Os vulcões submarinos foram encontrados numa área com aproximadamente 600 quilómetros de extensão por 150 de largura. “Os cientistas encontraram crateras de cinco quilómetros de diâmetro, originadas pelo colapso de vulcões, e ainda sete vulcões activos observáveis acima do nível do mar”, explicou o BAS.
Este trabalho traz avanços científicos para “a compreensão do que acontece quando há erupção ou colapso de vulcões debaixo de água e o seu potencial para criar tsunamis”, garantiu o centro de investigação.
Os investigadores concluíram ainda que as águas aquecidas pela actividade vulcânica criam um habitat rico para muitas espécies de fauna e “acrescenta uma nova visão sobre a vida na Terra”.
Os investigadores concluíram ainda que as águas aquecidas pela actividade vulcânica criam um habitat rico para muitas espécies de fauna e “acrescenta uma nova visão sobre a vida na Terra”.
"Há muita coisa que não entendemos sobre a actividade vulcânica submarina. É provável que os vulcões estejam em erupção ou colapso a toda a hora. As tecnologias que os cientistas podem agora usar a partir de navios não só nos dão uma oportunidade de conhecer a história da evolução da Terra, mas também ajudam a lançar uma nova luz sobre o desenvolvimento dos acontecimentos naturais que apresentam riscos para as pessoas", disse Phil Leat, do BAS, no Simpósio Internacional de Ciências da Terra da Antártida.
Buracos negros não “acordam” com fusões de galáxias
Investigação internacional está publicada no «Astrophysical Journal»

O estudo foi baseado na observação detalhada de mais de 600 galáxias activas
Uma equipa de cientistas descobriu que a maioria dos buracos negros que estão no centro das galáxias desde os últimos 11 mil milhões de anos “não se tornaram activos devido a fusões de galáxias, como se pensava até agora.
Esta é a conclusão de um estudo publicado hoje no «Astrophysical Journal» e que tinha por objectivo descobrir a origem “do material que activa o buraco negro adormecido, originando violentas explosões no centro da galáxia e tornando-se num núcleo activo”.
Os astrónomos acreditavam que a maioria destes núcleos activos se “acendiam” quando se dava uma fusão de duas galáxias ou quando duas galáxias passavam muito perto uma da outra e o material ‘perturbado’ se tornava o combustível do buraco negro central”.
O novo estudo, que combina dados do Very Large Telescope do ESO (Observatório Europeu do Sul) e do observatório espacial de raios X XMM-Newton da ESA (Agência Espacial Europeia), indica que a “ideia pode estar errada no caso de muitas galáxias activas”.
A equipa de cientistas descobriu que “os núcleos activos são encontrados maioritariamente em galáxias com massa muito elevada, que contém muita matéria escura”. É referido também que a “maior parte dos núcleos activos se encontra em galáxias com massas cerca de 20 vezes maiores do que o valor previsto pela teoria da fusão”.
“Estes resultados abrem-nos uma nova janela sobre como é que os buracos negros de massa extremamente elevada iniciam as suas refeições”, adiantou Viola Allevato, autora principal do artigo. A cientista referiu ainda que “os resultados indicam que os buracos negros são normalmente alimentados por processos gerados no interior da própria galáxia, tais como instabilidades do disco e formação estelar violenta, em oposição a colisões de galáxias”.
Outra das autoras do estudo, Marcella Brusa, disse que o estudo “demorou cinco anos, mas conseguiu-se obter “um dos maiores e mais completos catálogos das galáxias activas no céu de raios X”.
O estudo foi baseado na observação detalhada de mais de 600 galáxias activas numa região do céu extensivamente estudada, o chamado campo COSMOS.
Para chegar a estas conclusões, a equipa observou detalhadamente mais “de 600 galáxias activas numa região do céu extensivamente estudada, o chamado campo COSMOS (uma área com cerca de dez vezes o tamanho da Lua Cheia, na constelação do Sextante)”.
Homens são mais propensos a cancro do fígado
Explicação encontra-se num gene ligado ao androgénio
2011-07-22
Doença é sete vezes mais prevalecente nos homens
Investigadores de Hong Kong descobriram que os homens são mais propensos a desenvolver cancro do fígado devido a um tipo de gene que está ligado às hormonas sexuais masculinas.
O estudo da Universidade de Hong Kong, iniciado em 2008, revela que mais de 70 por cento dos 50 pacientes que sofriam de cancro do fígado analisados produziram elevados níveis de um gene relacionado com o ciclo celular da quinase (CCRK, na sigla inglesa).
De acordo com os investigadores, o gene, um dos 17 mil do corpo humano, é directamente controlado e activado pela proteína receptora da hormona sexual masculina ou androgénio, o que explica o facto que, em 2007, o número de homens com a doença ter sido sete vezes superior ao das mulheres em todo o mundo.
Os cientistas concluíram ainda, com base em experiências em ratos de laboratório, que o CCRK figura também como um forte indutor no processo de crescimento anormal das células do fígado e na formação de tumores.
“Este estudo tem um impacto potencial clínico, pois representa a correlação entre o receptor (androgénio) e o desenvolvimento do cancro de fígado” e “também explica porque é que os homens têm um risco maior de sofrer de cancro de fígado do que as mulheres”, afirmaram o vice-reitor Joseph Sung e o chefe da investigação Mok Hing-yiu.
O cancro do fígado é terceiro tipo de cancro mais mortal do mundo, depois do cancro do pulmão e do cancro do cólon, não havendo actualmente qualquer tratamento eficaz.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Pensamento do dia
"Alguém disse que a vida é uma festa. A gente chega depois que começou e sai antes que acabe.
" (Elsa Maxwell)
" (Elsa Maxwell)
Câmara de mil milhões de pixéis vai mapear a Via Láctea
Gaia é o nome da missão da ESA que vai ter início em 2013

Montagem dos 106 CCDs foi realizada na Astrium France, Toulouse (imagem ESA)
A partir de 2013 e durante os cinco anos, a missão vai estudar mil milhões de estrelas dentro da Via Láctea e nas galáxias vizinhas. Será criado um catálogo único no qual estará especificado o brilho, as características espectrais e a posição e o deslocamento tridimensional de cada objecto observado, o que ajudará a revelar a composição, formação e evolução da Via Láctea.
Para estudar as estrelas mais distantes, cujo brilho é um milhão de vezes inferior ao que o olho humano é capaz de detectar, Gaia conta com um detector formado por 106 CCDs, uma versão avançada dos sensores das câmaras digitais convencionais.
Estes foram desenvolvidos pela empresa e2v Technologies, de Chelmsford, Reino Unido. Com uma forma rectangular, cada um dos sensores é ligeiramente mais pequeno do que um cartão de crédito e mais fino do que um cabelo humano. O plano focal, formado por um mosaico de CCDs de 0.5x1.0 m, foi montado nas instalações do contratante principal da missão, a Astrium France, em Toulouse.
Entre Maio e Junho, os técnicos fixaram os sensores na estrutura de suporte. “A montagem e o alinhamento preciso dos 106 CCDs é um passo crucial na montagem do plano focal do modelo de voo do Gaia”, explica Philippe Garé, responsável pela carga útil do Gaia.
A matriz principal é formada por 102 sensores dedicados à detecção de estrelas. Os outros quatro servem para comprovar a qualidade da imagem em cada um dos dois telescópios e para controlar a estabilidade do ângulo. Este tem como finalidade criar imagens tridimensionais das estrelas.
Para aumentar a sensibilidade dos sensores, o satélite manterá a sua temperatura a -110 graus centígrados. A estrutura de suporte dos CCDs, tal como grande parte do satélite, é feita de carbeto de silício, material resistente às deformações provocadas por mudanças de temperatura.
O Gaia vai operar a um milhão de quilómetros da Terra em direcção oposta ao Sol, onde o movimento orbital do nosso planeta equilibra as forças gravitacionais, criando um ponto de estabilidade no espaço.
Além das estrelas, estudará também outros corpos celestes, desde os pequenos objectos do Sistema Solar aos distantes quasares e galáxias, próximo dos limites do Universo observável.
Além das estrelas, estudará também outros corpos celestes, desde os pequenos objectos do Sistema Solar aos distantes quasares e galáxias, próximo dos limites do Universo observável.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Desenho mais antigo de rei egípcio encontrado em Assuão
Peça de arte rupestre pré-dinástica representa uma procissão de barcos supervisionada pelo rei

Desenho data da «dinastia zero» (3200-3000 a.C.)
O desenho mais antigo que se conhece de um rei egípcio foi encontrado nas proximidades de Assuão (região de Al Hamdulab), a 800 quilómetro do Cairo, por uma equipa de arqueólogos norte-americanos e italianos. Com cinco mil anos, o desenho é talhado em rocha e pertence ao período da chamada dinastia zero (3200-3000 a.C.).
Segundo o ministro de antiguidades egípcio Zahi Hawas, foi nessa época que ocorreu o complexo processo de unificação política até à criação do estado e do nascimento da primeira dinastia. Além do rei com uma coroa branca, do Alto Egipto, encontra-se ainda representada uma série de hieróglifos, forma de escrita que terá aparecido também por aquela época, e as primeiras imagens de uma celebração real, curiosamente muito semelhantes às que se encontram em épocas faraónicas.
No desenho, diz ainda Hawas, o rei é escoltado por seguidores de Hórus, deus dos Céus e símbolo da fertilidade do vale do Nilo. Estão também representadas cenas de luta, celebrações me barcos, símbolos do poder político e animais.
Para a arqueóloga María Carmela Gato, directora da investigação, a importância da descoberta está na sua composição. A peça de arte rupestre da época pré-dinástica “representa uma procissão de barcos supervisionada pelo rei acompanhado por dois porta-estandartes, um cortesão e um cão”, esclarece.
O desenho mostra semelhanças com as cenas talhadas na Paleta de Narmer, uma placa cerimonial de relevos representando o acontecimento histórico da unificação do Alto e Baixo Egipto.
Dez razões para não se caçar o Melro
SPEA envia carta aberta a ministra para revisão de nova lei

O melro não tem interesse económico.
Neste contexto, a entidade decidiu manifestar-se junto do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, em carta aberta assinada pela própria presidente da direcção da sociedade, Clara Casanova Ferreira, pedindo um processo de revisão da Lei da Caça.
Recorde-se que há já mais de 20 anos que não se caça esta ave e, inclusivamente, “grande parte dos caçadores, questiona os motivos, a necessidade e a legitimidade desta decisão”. A missiva sublinha igualmente que, antes pelo contrário, existem pelo menos dez razões para não se caçar esta espécie.
O melro poderia mesmo até ser considerado a Ave Nacional – Portugal não tem uma –, por existir em todo o território nacional (Continente, Açores e Madeira) e pela sua presença na cultura popular e erudita.
Está associada aos meios urbanos e o risco de conflito entre caçadores e outros cidadãos é muito elevado. Segundo a SPEA, nem sempre é fácil calcular no terreno a distância das habitações e outros edifícios urbanos, e manter-se a 500 metros, exigidos por lei. Ou seja, a caça a uma espécie fortemente urbana irá aumentar a incidência de acidentes.
Outras razões apontadas pela sociedade defendem que não estão provados os alegados prejuízos na fruticultura e o melro não tem características de praga, tal como a maioria dos turdídeos europeus, é maioritariamente zoófago. Alimenta-se de toda a espécie de insectos, aranhas, minhocas e outros invertebrados que captura no solo e na vegetação herbácea.
Esta é ainda uma espécie sem tradição cinegética e sem interesse económico – o que não justifica a sua caça, para além de dispor de populações estáveis ou com aumento moderado – o Índice de Aves Comuns, que constitui um indicador oficial de sustentabilidade.
O melro poderia mesmo até ser considerado a Ave Nacional – Portugal não tem uma –, por existir em todo o território nacional (Continente, Açores e Madeira) e pela sua presença na cultura popular e erudita.
Está associada aos meios urbanos e o risco de conflito entre caçadores e outros cidadãos é muito elevado. Segundo a SPEA, nem sempre é fácil calcular no terreno a distância das habitações e outros edifícios urbanos, e manter-se a 500 metros, exigidos por lei. Ou seja, a caça a uma espécie fortemente urbana irá aumentar a incidência de acidentes.
Outras razões apontadas pela sociedade defendem que não estão provados os alegados prejuízos na fruticultura e o melro não tem características de praga, tal como a maioria dos turdídeos europeus, é maioritariamente zoófago. Alimenta-se de toda a espécie de insectos, aranhas, minhocas e outros invertebrados que captura no solo e na vegetação herbácea.
Esta é ainda uma espécie sem tradição cinegética e sem interesse económico – o que não justifica a sua caça, para além de dispor de populações estáveis ou com aumento moderado – o Índice de Aves Comuns, que constitui um indicador oficial de sustentabilidade.
Próximo “rover” da ESA vai para Marte com tecnologia portuguesa
Universidade de Coimbra, Instituto Pedro Nunes e Active Space Technologies desenvolvem nova geração de aerogéis
2011-07-06
Por Luísa Marinho

Estes aerogéis distinguem-se dos demais “devido à sua flexibilidade”, diz Ricardo Patrício
Em conversa com o «Ciência Hoje», Ricardo Patrício, responsável da Active Space Technologies, explica que este material se distingue dos demais aerogéis “devido à sua flexibilidade”.
O aerogel é um “material extremamente poroso e leve o que permite uma excelente performance técnica. É óptimo para aplicação espacial como isolante térmico de componentes electrónicos”, esclarece o investigador.
Os que estão agora a ser desenvolvido serão utilizados para manter uma gama de temperatura ideal para o bom funcionamento dos aparelhos electrónicos. “Principalmente para proteger do frio, visto que as temperaturas podem descer ao 40 graus negativos e os componentes electrónicos só funcionam até aos 20 negativos”, esclarece.
A grande vantagem do aerogel é a sua característica de flexibilidade, “muito importante para conter as vibrações de grande energia que vão acontecer durante o lançamento”.

Aerogéis serão usados como isolante térmico de componentes electrónicos
O segredo da flexibilidade do material está no uso de “um processo específico de secagem dos produtos à base de sílica que garante uma menor densidade e maior flexibilidade”.
Outras aplicações dos aerogéis
Além das aplicações na área das ciências espaciais, este material pode também ser aplicado em construção civil e ser utilizado para filtrar materiais pesados, como os hidrocarbonetos, por exemplo, para filtragem de derrames de petróleo no mar.
A aplicação na área da saúde é também uma das possibilidades. “Podemos criar um tipo de cápsulas para medicamentos que garantam a libertação controlada e segura de fármacos”.
“Temos um componente I&D bastante forte e estamos a estudar estas aplicações mas ainda internamente, a pensar em potenciais parceiros”.
“Temos um componente I&D bastante forte e estamos a estudar estas aplicações mas ainda internamente, a pensar em potenciais parceiros”.
domingo, 3 de julho de 2011
Pensamento do dia
"Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem."
Bertolt Brecht Alemanha 1898 // 1956 Escritor/Dramaturgo

Posição em que grávidas dormem afecta risco de morte do feto
Estudo neo-zelandês foi o primeiro a investigar esta matéria

Dormir sobre o lado esquerdo acarreta menos riscos
As mulheres grávidas no final da gestação podem reduzir o risco de morte fetal dormindo para o lado esquerdo, sugere um estudo de investigadores neo-zelandezes que foi publicado no “British Medical Journal”.
No entanto, visto que este este foi o primeiro trabalho a investigar o efeito da posição na qual as mães dormem na saúde do feto, em casos de bebés nados-mortos, e são necessários mais estudos que comprovem estes dados, os cientistas alertaram que ainda é precoce aconselhar as grávidas a dormirem só para esse lado.
Os resultados mostraram que as mulheres que não dormiram para o seu lado esquerdo (dormindo de costas ou para o lado direito), apresentaram quase o dobro do risco de dar à luz um nado-morto. Contudo, a equipa liderada por Tomasina Stacey, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, advertiu que o aumento absoluto do risco de morte fetal permanece pequeno.
Os partos com nados-mortos ocorreram em 1,96 por mil casos nas mulheres que dormiam do lado esquerdo, em comparação com 3,93 por mil casos entre aquelas que dormiam noutras posições.
De acordo com os investigadores, uma das possibilidades para esta ocorrência está relacionada com o facto de, quando a grávida dorme de costas ou sobre o seu lado direito, o feto poder comprimir a veia cava inferior, que leva o sangue para o coração, o que conduziria a uma diminuição da quantidade de sangue oxigenado que volta do coração para os órgãos da mãe e, em consequência, para o bebé.
Para o estudo, os investigadores entrevistaram 155 mulheres que tinham dado à luz um bebé morto após, pelo menos, 28 semanas de gestação. Estes dados foram comparados com 310 grávidas cuja gravidez evoluiu normalmente.
As mães foram submetidas a um questionário sobre a posição em que dormiam, a duração do sono e se acordavam frequentemente antes da gravidez ou durante o último mês, na última semana da gravidez e na noite anterior ao parto. Os dados foram actualizados regularmente durante o último mês da gravideze mostraram que a posição em que as mães dormiam era o factor mais determinante das mortes prematuras.
sábado, 2 de julho de 2011
Morangos melhoram desempenho de glóbulos vermelhos
Consumo do fruto reflecte-se na capacidade antioxidade do sangue

Morangos apresentam grande quantidade de flavonóides
Os morangos aumentam a resposta dos glóbulos vermelhos do sangue perante o stress oxidativo, que ocorre em algumas situações patológicas - tais como doença cardiovascular, cancro ou diabetes - e fisiológicas – como nascimento, envelhecimento ou exercício físico -, revela um estudo publicado na revista "Food Chemistry".
Nesta investigação realizada por cientistas da Universidade Politécnica de Marche, na Itália, e da Universidade de Granada, em Espanha, um grupo de voluntários comeu meio quilo de morangos da variedade Sveva todos os dias durante duas semanas para demonstrar que a ingestão desta fruta melhora a capacidade antioxidante do sangue.
Embora os cientistas já tivessem tentado confirmar a capacidade antioxidante dos morangos em experiências laboratoriais in vitro, agora conseguiram demonstrá-lo in vivo.
Ao longo do período em que 12 voluntários saudáveis ingeriram durante o dia 500 gramas de morangos, foram recolhidas amostras de sangue, sendo que o mesmo processo foi repetido um mês após esta temporada.
Os resultados revelam que o consumo regular desta fruta pode melhorar a capacidade antioxidante do plasma sanguíneo e a resistência dos glóbulos vermelhos à fragmentação oxidativa. "Verificámos que algumas variedades de morangos tornam os eritrócitos [glóbulos vermelhos] mais resistentes ao stress oxidativo. Este facto pode ser de grande importância, se considerarmos que esse fenómeno pode conduzir a doenças graves", explicou o líder do estudo, Maurizio Battino.
A equipa analisa, agora, as variações causadas pela ingestão de quantidades menores de morangos, pois o consumo médio tende a ser uma tigela de 150 ou 200 gramas por dia. "O importante é que façam parte de uma dieta saudável e equilibrada, dentro das cinco porções diárias de frutas e legumes", apontou o cientista.
Os cientistas continuam a analisar diferentes variedades de morangos, já que cada uma tem as suas próprias quantidades e proporções de antioxidantes. Os morangos apresentam grande quantidade de compostos fenólicos, como os flavonóides, que diminuem o stress oxidativo que, para além de ocorrer em situações patológias e fisiológicas, dá-se no confronto entre "tipos reactivos do oxigénio" - em particular, os radicais livres - e as defesas antioxidantes do organismo.
Asteróide passou em alta velocidade pela Terra
Corpo celeste não causou transtornos

Trajectória do 2011 MD. (Imagem: Nasa)
No momento em que mais se aproximou da superfície terrestre, a rocha espacial passou exactamente a 12.230,5 quilómetros, sobre o Atlântico Sul, segundo cálculos apresentados pela agência espacial norte-americana.
O asteróide teria 18 metros de extensão e 4,5 metros de largura. Foi descoberto somente na semana passada, em observações feitas a partir de um telescópio instalado no Estado norte-americano do Novo México.
De acordo com astrónomos, outros corpos celestes de tamanho parecido se aproximam da Terra a cada seis anos em média. No início de 2011, um bastante semelhante a este último passou a 5.471,5 quilómetros da superfície terrestre, também sem causar problemas. O asteróide que mais perto passou pela Terra foi o 2011 CQ1 com uma distância de 3.405 milhas.
De acordo com astrónomos, outros corpos celestes de tamanho parecido se aproximam da Terra a cada seis anos em média. No início de 2011, um bastante semelhante a este último passou a 5.471,5 quilómetros da superfície terrestre, também sem causar problemas. O asteróide que mais perto passou pela Terra foi o 2011 CQ1 com uma distância de 3.405 milhas.
Tripulação da EEI a salvo de detritos espaciais

Detritos passaram ao lado da estação
“Foram detectados detritos espaciais, demasiado tarde para que a estação pudesse realizar manobras de evasão. Foi ordenado aos seis membros da tripulação que se instalassem nas naves Soyuz”, disse uma fonte da agência espacial da Rússia, citada pela Interfax.
Os detritos espaciais que hoje ameaçaram a segurança da EEI passaram a 250 metros de distância da estação e a tripulação de seis elementos já não corre perigo, informou hoje a agência russa Interfax.
Momentos depois, a mesma fonte anunciou que o perigo tinha passado, realçando, no entanto, que os detritos não identificados tinham passado mesmo ao lado da estação espacial.
“A tripulação foi informada que os detritos tinham passado ao lado da estação e que poderiam sair das cápsulas Soyuz”, referiu a fonte, precisando que os detritos ficaram a uma distância de 250 metros da estação.
Até ao momento, não houve qualquer confirmação oficial sobre o incidente. Uma porta-voz do centro de controlo russo de voos espaciais (TSOuP) indicou, em declarações à agência noticiosa francesa AFP, que não poderia “confirmar ou negar esta informação”. A actual equipa da EEI é composta por três elementos russos, dois norte-americanos e um japonês.
Stress urbano afecta o cérebro
Citadinos estão mais sujeitos a desordens de ansiedade e transtornos de personalidade

Estudo faz a capa da «Nature»
Quem vive em grandes cidades tem mais probabilidade de desenvolver desordens de ansiedade e transtornos de personalidade do que quem vive em sítios rurais. Isto não é propriamente uma novidade. Agora, um estudo realizado por uma equipa alemã e canadiana sobre os processos biológicos que determinam estes factores faz a capa do mais recente número da revista «Nature».
Os cientistas descrevem como os citadinos sofrem alterações em regiões cerebrais que regulam a emoção e o stress. Esta investigação pode ser um primeiro passo para que no futuro se criem estratégias para melhorar a qualidade de vida.
Sabia-se já, por estudos anteriores, que o risco de desordens de ansiedade era maior em 21 por cento em habitantes das cidades e que nos transtornos de personalidade o risco era maior em 39 por cento. A incidência da esquizofrenia é o dobro nas pessoas que nasceram e cresceram em cidades.
Jens Pruessner, co-autor do artigo e investigador do Douglas Mental Health University Institute (Montreal, Canadá), e investigadores do Instituto Central de Saúde Mental de Mannheim (Alemanha) observaram a actividade cerebral de voluntários saudáveis provenientes de zonas rurais e urbanas.
Através de um conjunto de experiências de ressonância magnética funcional, os investigadores comprovaram que a vida citadina está associada a respostas de maior stress na amígdala cerebelosa , zona do cérebro envolvida na regulação do afecto e do stress.
Viajar de Paris a Nova Iorque em apenas 1h45
Sonic Star: Avião mais rápido do mundo apresentado em Paris

Protótipo deverá iniciar voos experimentais em 2014.
Os técnicos da HyperMach, aqui apresentado pela Aerospace Industries, garantiram mesmo, durante a 49ª Feira Internacional de Aviação, que pode dar a volta ao mundo em apenas cinco horas e que é possível ver a curvatura da Terra durante um voo. Este revolucionário modelo tecnológico funcionará com baixo consumo de combustível, o que contribuiu para o bem-estar ambiental e económico, relativamente a outros meios de transporte aéreos (que percorrem a mesma distância).
Ainda não se sabe qual será o valor para viajar neste primeiro avião híbrido a alta velocidade supersónica. No entanto, sabe-se que apenas estará reservado para uma pequena elite, já que não será um avião de linha, mas uma espécie de jacto privado com capacidade para transportar 20 pessoas. O SonicStar dispõe de luxuosas instalações e irá gerar uma quantidade massiva de energia eléctrica usando as propriedades electromagnéticas das turbinas.
Desde o desaparecimento do Concorde, em 2003, vários engenheiros tentaram conseguir recriar carburadores económicos de alta velocidade. A empresa a cargo do projecto anunciou que o supersónico atingirá Mach 3,5 – uma velocidade suficiente para viajar entre Nova Iorque e Sidney em pouco mais de quatro horas.
O único problema é que o sucessor do Concorde só deverá estar em condições de cruzar os ares dentro de dez anos, por volta de Junho de 2021. Contudo, o primeiro protótipo deverá iniciar voos experimentais em 2014.
Tribo isolada do mundo ocidental descoberta no Brasil
Acções missionárias e tráfico de drogas são ameaças para os indígenas

Casa da tribo isolada no Vale do Javari (Foto: Peetsa/Arquivo CGIIRC-Funai)
Foi encontrada aquela que será uma das últimas tribos amazónicas que permanecem isoladas do mundo ocidental. Entidades oficiais brasileiras confirmaram a descoberta da tribo, na zona ocidental da Amazónia, que conta com 200 indígenas, avançou o portal do Survival International.
Segundo este grupo de defesa dos direito indígenas, esta tribo que vive em três clareiras, no Vale do Javari, perto da fronteira com o Peru, tem consciência do “mundo exterior” mas optou por permanecer afastada da civilização ocidental mantendo o seu estilo de vida tradicional.
As imagens aéreas recolhidas pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), no Brasil, mostram que a tribo cultiva milho, amendoins, bananas e outros produtos agrícolas.
De acordo com a FUNAI, a confirmação da existência desta tribo permitirá ao governo tomar medidas para proteger a área e o seu modo de vida, pois, devido ao seu prolongado isolamento, o contacto com o mundo exterior pode ser perigoso.
Com as suas expedições, os agentes deste departamento não pretendem entrar em contacto com os índios, mas monitorizar as suas terras para que possam lá viver sem distúrbios, tal como desejam.
Fabrício Amorim, líder da expedição da FUNAI, alertou que "entre as principais ameaças para o bem-estar destes grupos estão a pesca ilegal, a caça, a exploração madeireira, a pecuária, as acções missionárias e o tráfico de drogas", sendo que a exploração de petróleo no lado peruano da fronteira também representa um risco para estas pessoas.
A Survival International relata também que, em 1987, 45 indígenas morreram devido a doenças comuns para o homem ocidental – como a gripe - transportadas por um grupo de missionários que decidiu contactar a tribo.
Já em 2008, o grupo tinha divulgado fotos de uma outra tribo que vivia isolada na fronteira entre o Brasil e o Peru.
Maior campo magnético está na Alemanha
Cientistas conseguiram criar um campo magnético de 91,4 tesla

Laboratório de Alto Campo Magnético do Centro Helmholtz Dresden-Rossendorf
O Laboratório de Alto Campo Magnético do Centro Helmholtz Dresden-Rossendorf (Alemanha) é o primeiro do mundo a pôr à disposição para a investigação um campo magnético superior a 90 tesla.
Os cientistas alemães conseguiram criar um campo magnético de 91,4 tesla com a construção de uma bobine dupla de 200 quilogramas. Em apenas alguns milésimos de segundo, a corrente eléctrica cria esse campo.
O anterior detentor do recorde era Laboratório Nacional de Alto Campo Magnético de Los Alamos, no estado norte-americano do Novo México, com um campo magnético de 89 tesla.
Quanto mais forte é o campo magnético, maior é a precisão com que se podem estudar as substâncias que se irão utilizar nos futuros componentes eléctricos ou nos chamados supercondutores, explica o director do HLD Joachim Wosnitza.
A criação de campos magnéticos com estas características é complicado, já que as bobinas têm de suportar uma pressão de mais de 40 mil atmosferas.
Com esta força, o cobre poderia romper. Por isso, os cientistas utilizam ligas de cobre especiais e uma espécie de cinta de material sintético que se utiliza em coletes à prova de bala como isolante.
Investigadores norte-americanos, japoneses e alemães estão a trabalhar para conseguir alcançar um campo magnético de 100 tesla.
Investigadores norte-americanos, japoneses e alemães estão a trabalhar para conseguir alcançar um campo magnético de 100 tesla.
Descoberto quasar mais distante que se conhece
Objecto pode ajudar na compreensão dos buracos negros

Ilustração do quasar ULAS J1120+0641 (Créditos: ESO)
Astrónomos europeus descobriram o quasar mais distante encontrado até ao momento a partir de observações realizadas com o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO), instalado no Chile, revela um estudo hoje publicado na “Nature”.
De acordo com os resultados do estudo facultados por Richard Hook, porta-voz do ESO de Garching, no sul da Alemanha, trata-se do objecto mais luminoso descoberto até agora no universo primordial, que é alimentado por um buraco negro que possui dois mil milhões de vezes a massa do Sol.
“Este quasar é uma evidência vital do universo primordial. É um objecto muito raro que nos ajudará a perceber como cresceram os buracos negros supermassivos em poucas centenas de milhões de anos depois do Big Bang”, disse Stephen Warren, líder da equipa de astrónomos.
A luz deste quasar, chamado ULAS J1120+0641, demorou 12,9 mil milhões de anos para chegar aos telescópios da Terra, por isso é visto como era quando o universo tinha apenas 770 milhões de anos.
Anteriormente já se tinha confirmado a existência de objectos ainda mais distantes, como uma explosão de raios gama e uma galáxia, mas o quasar recém-descoberto é centenas de vezes mais brilhante que os anteriores. “Demorámos cinco anos para encontrar este objecto”, afirmou Bram Venemans, um dos autores do estudo, em referência à nova descoberta.
“Este quasar representa uma oportunidade única para explorar uma janela de 100 milhões de anos na história do cosmos que até agora não estava ao nosso alcance", ressaltou ainda o investigador.
Segundo Daniel Mortlock, principal autor do estudo, “encontrar este objecto envolveu uma busca minuciosa, mas o esforço valeu a pena para poder desvendar alguns dos mistérios do universo primitivo”.
O brilho dos quasares, dos quais se acredita que sejam galáxias distantes muito luminosas alimentadas por um buraco negro supermassivo no seu centro, transforma-os em poderosas luzes que podem ajudar a obter informações sobre a época em que foram formadas as primeiras estrelas e galáxias.
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