O planeta mais próximo do Sol está a surpreender cientistas da NASA
2011-06-17

Crateras de Mercúrio podem conter água congelada
Milhares de fotografias e várias medições estão a permitir aos cientistas investigar a origem e a história geológica de Mercúrio. As imagens disponíveis anteriormente do segundo planeta mais pequeno do sistema solar tinham uma resolução muito mais reduzida do que as reveladas agora.
Os mapas topográficos do planeta e as medições do seu campo magnético (um dos principais objectivos da missão) estão a ajudar a entender os processos dinâmicos que se produzem no interior do planeta. Uma das coisas que já se compreendeu foi que a explosão de partículas de energia na magnetosfera de Mercúrio é o resultado da interacção entre o campo magnético e o vento solar.
A primeira sonda enviada ao planeta foi a Mariner 10. Em 1974, esta detectou as explosões das partículas. As imagens enviadas naquela altura mostravam um planeta com uma superfície cheia de crateras. O mapa agora elaborado pela Messenger mostra que o ponto norte de Mercúrio é uma extensa zona com elevações até nove quilómetros de altura.
O autor principal do estudo, Sean Solomon, do Carnegie Institution of Washington , explica que pela primeira vez está a conseguir-se obter uma perspectiva global da natureza e dos processos que ocorrem em Mercúrio. O investigador afirma que muitas das ideias que existiam “estão a ser substituídas por outras, à medida que vão sendo realizadas novas observações”.

Explosão de partículas de energia na magnetosfera de Mercúrio é o resultado da interacção entre o campo magnético e o vento solar
Crateras podem ser depósitos de água
Devido à sua proximidade com o Sol, Mercúrio alcança altas temperaturas, mais de 400 graus e a sua ténue atmosfera não retém o calor, pelo que as temperaturas nocturnas podem cair aos 170 graus negativos.
No que respeita à presença de água no planeta, as crateras observadas sugeriam que podeiam tratar-se se depósitos de água gelada. Especula-se também sobre a possibilidade de existir gelo perto dos pólos. A Messenger está a medir a profundidade das crateras situadas perto do pólo norte para verificar esta teoria.
Os dados compilados até agora mostram que as crateras onde se encontram estes depósitos parecem ser suficientemente profundos para confirmar a ideia de que estão permanentemente na sombra, o que faz com que possam, de facto, conter água em estado sólido. No entanto, a NASA admite que não tem ainda dados suficientes para confirmar essa teoria.
Estes estudos sobre Mercúrio podem dar pistas que expliquem a formação de planetas rochosos semelhantes à Terra. A missão da Messenger vai continuar por mais três anos.
Estes estudos sobre Mercúrio podem dar pistas que expliquem a formação de planetas rochosos semelhantes à Terra. A missão da Messenger vai continuar por mais três anos.
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