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terça-feira, 19 de abril de 2011

A vida de um faroleiro

faróis
© istockphoto.com /MikeRega
Os faróis da antiguidade eram cuidados por escravos e soldados [fonte: Ray]. Na Europa da Idade Média, os monjes e freiras eram quem cuidavam dos faróis. Por volta do final do século 19 grande parte dos faroleiros já eram profissionais empregados por agências. Muitos faroleiros foram outrora pescadores, marinheiros, filhos de faroleiros ou pessoas com alguma ligação com o mar. Os salários eram normalmente muito baixos - por volta do século 19 um faroleiro ganhava cerca de 200 dólares por ano nos Estados Unidos enquanto que os canadenses ganhavam a metade disso [fonte: Ray].

Normalmente, os faroleiros trabalhavam de duas formas. Na primeira delas, o faroleiro principal contava com o auxílio de alguns poucos assistentes que trabalhavam em turnos, passando longos períodos longe de suas famílias. Isso era bastante comum em faróis localizados nas praias. Porém, muitos faroleiros também podiam optar por trazer suas famílias para viver junto com eles no local. Com algumas poucas exceções, os faroleiros em sua maioria eram homens.

Um trabalho nada fácil
Por volta dos anos 1600 os navios luminosos – embarcações ancoradas com balizas no topo de seus mastros – serviam para avisar a aproximação de barcos onde os faróis não podiam ser construídos. Para suas tripulações, o tédio era sem fim, além de ficarem expostos ao mau tempo e demais riscos do tráfego marítimo. Muitos deles também sofreram problemas de audições ou ficaram surdos. “Imagine o que pode ser o barulho de uma buzina de nevoeiro tocando sem parar dentro de um navio de ferro.”, disse Jeff Gales, diretor executivo da Sociedade de Faróis dos Estados Unidos [fonte: Gales].

Para trabalhar como faroleiro era preciso muito atenção. Antes da automação, o trabalho do faroleiro incluía recarregar as lâmpadas a óleo, trocar o pavio, dar o sinal de nevoeiro, limpar as lentes e manter todas as coisas arrumadas.

Oficialmente falando, os faroleiros também eram responsáveis por reportar naufrágios e outras situações de perigo que tivessem notificado. Mas na verdade, os faroleiros também foram responsáveis por salvar muitas vidas [fonte: United States Coast Guard]. Ida Lewis, uma das poucas faroleiras mulher, é provavelmente a mais lembrada quando este é o assunto. Como faroleira oficial do farol Lime Rock localizado na costa de Newport entre 1872 e 1911, ela pessoalmente resgatou mais de doze marinheiros da água.

Para aumentar a eficiência, o presidente Franklin Roosevelt dissolveu o Serviço de Farol dos EUA em 1939 e passou a responsabilidade dos mesmos para a Guarda Costeira. A maioria dos registros do período que antecedeu esta data foi perdida exceto pelos livros de registros mantidos pelos próprios faroleiros. Porém, infelizmente, nenhum dos faroleiros daquela época está vivo [fonte: Gales].

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