A história e a tecnologia dos faróis

Os faróis existem desde o antigo Egito. A Torre de Hércules, construída pelos romanos no norte da Espanha durante o primeiro século, é o farol mais antigo do mundo ainda em funcionamento [fonte: United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization]. E assim como o comércio marítimo se expandiu, também proliferaram vários faróis ao redor do mundo todo, da China à Indonésia, da África à Estônia. A família escocesa Stevenson, famosa por contar com vários engenheiros, conta que construiu 97 faróis pela costa da Escócia e outros lugares [fonte: Bathurst].

Faróis no mercado
Em um esforço para preservar a história e a estética dos faróis, o Ato Nacional Norte-Americano de Preservação História dos Faróis do ano 2000 descreve um processo no qual a guarda costeira transfere certos faróis desativados para grupos sem fins lucrativos e outras organizações, sem nenhum custo, desde que essas organizações mantenham as estruturas dos mesmos e permitam a visitação do público. Se nenhuma organização quiser o farol, ele vai para leilão [fonte: National Park Service].

Os faróis apareceram pela primeira vez na Nova Inglaterra, em 1716. Em 1789 o Congresso Norte-Americano criou a Fundação do Farol para controlar os mesmos. Por volta de 1900 os Estados Unidos já tinham mais de 1.000 faróis [fonte: Ray]. E com mais de 120 faróis, o estado do Michigan tornou-se o estado com o maior número de faróis do país [fonte: Michigan State Housing Development Authority].

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Os primeiros materiais para iluminação eram feitos de madeira. Com a proliferação dos faróis, as lâmpadas alimentadas por carvão, óleo de baleia, querosene e outros combustíveis tornaram-se mais comuns. Uma das maiores invenções que surgiram junto com os  faróis foram as lentes de Fresnel, criadas em 1822 e que utilizavam uma rede de prismas para ampliar uma pequena quantidade de luz e lançar um raio que atingia mais de 32 km de distância.

Em 1886, a Estátua da Liberdade tornou-se o primeiro farol alimentado por eletricidade e serviu ao porto de Nova York por 15 anos. Por volta de 1930 a maioria dos faróis já era equipada com iluminação elétrica. As linhas elétricas levaram a uma série de invenções, incluindo relógios automáticos e dispositivos para substituir lâmpadas e melhoraram a tecnologia de comunicação via rádio, impulsionando os faróis no caminho da automação [fonte: Michigan Lighthouse Conservancy].

Os faróis não automáticos eram raros por volta de 1960 quando a guarda costeira implementou a automatização dos faróis através de programas de modernização. No final da década de 1960 existiam menos de 60 faróis não automáticos nos Estados Unidos. O farol moderno é composto por uma estrutura de baliza automática localizada no topo de uma torre de aço. Atualmente existe um único farol não automático em funcionamento nos Estados Unidos.

E como era a vida de um faroleiro? Continue lendo para saber.