"Nenhum homem é hipócrita nos seus prazeres."
Albert Camus
CRIEI ESTE BLOGUE A FIM DE MOSTRAR À SOCIEDADE A REVOLTA QUE SINTO PELO MOTIVO DE UM ACTO COBARDE E HEDIONDO ME TEREM PASSADO COMPULSIVAMENTE À REFORMA.
Notícias
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Sonda russa Phobos-Grunt cairá na Terra em Janeiro de 2012
Nave não tripulada deverá desintegra-se resultando em 200 quilos de destroços
2011-12-16

A sonda deverá desintegra-se antes.
"O engenho espacial cairá na Terra no período entre 6 e 19 de Janeiro de 2012 numa zona compreendida entre os 51,4 graus de latitude norte e os 51,4 graus latitude sul, de acordo com cálculos preliminares", disse em comunicado a agência espacial soviética.
As coordenadas indicadas pela Roskosmos incluem a maior parte das zonas habitadas da Europa, África, Ásia e do continente americano. De acordo com o comunicado, "o lugar e a data da queda (da sonda) não poderão ser determinados senão apenas alguns dias antes". A Roskosmos referiu ainda que a nave não tripulada deverá desintegrar-se ao entrar na atmosfera e o peso total dos fragmentos que atingirão o solo "não ultrapassará os 200 quilos".
A Phobos-Grunt foi lançada durante a noite de 8 para 9 de Novembro, mas falhou a trajectória em direcção à lua marciana Phobos e ficou presa na órbita terrestre. O lançamento da sonda tinha sido a primeira tentativa da Rússia de regressar à exploração interplanetária depois do fracasso da missão da sonda Marte 96, lançada em Novembro de 1996 mas que acabou por cair no oceano Pacífico.
NASA descobre os primeiros exoplanetas do tamanho da Terra
Kepler 20e e Kepler 20f orbitam uma estrela parecida ao Sol

Comparação de tamanhos entre os planetas descobertos e os do nosso Sistema Solar (NASA/Ames/JPL-Caltech)
De acordo com a agência espacial, pensa-se que os planetas descobertos sejam rochosos. O diâmetro de um deles, o Kepler 20f, ultrapassa pouco mais o da Terra e o do outro, o Kepler 20e, é ligeiramente mais pequeno que Vénus. Ambos encontram-se num sistema de cinco planetas baptizado de Kepler 20 a aproximadamente mil anos-luz da constelação Lira.
Bem mais próximos da sua estrela do que o planeta Terra do Sol, os dois novos exoplanetas percorrem a sua órbita em menos de uma semana ou um mês.
O sistema extra-solar Kepler 20 tem mais três planetas, só que maiores, com tamanho similar ao de Neptuno. Como explica a NASA, apenas estes três exoplanetas se encontram em ‘zona habitável’, onde a água pode ser detectada em estado líquido. Já os dois novos planetas descobertos têm temperaturas à superfície demasiado elevadas para permitir vida.
A sonda Kepler, lançada em Março de 2009, tem por missão observar mais de cem mil estrelas semelhantes ao Sol, com o objectivo de detectar planetas-irmãos da Terra susceptíveis de acolher vida. O aparelho já descobriu 28 exoplanetas e recenseou 3.326 ‘planetas candidatos’, que continuam por confirmar por outros métodos.
“No jogo cósmico das escondidas, encontrar um planeta com o tamanho e temperatura ideais é uma questão de tempo”, garante a astrónoma Natalie Batalha, na notícia divulgada pela NASA. “Estamos ansiosos por saber que as descobertas mais esperadas do Kepler ainda estão por vir”, acrescenta.
Comer pouco, mantém o cérebro jovem
Descoberta molécula activada apenas por dieta de baixa caloria

Restrição calórica significa prolongar a vida.
O estudo publicado recentemente na «Proceedings of the National Academy of Sciences» revela que a molécula estimula os genes relacionados com a longevidade e, por sua vez, o bom funcionamento cerebral. Esta é a primeira investigação que atesta um mediador dos efeitos da dieta sobre o cérebro.
A descoberta poderá ter importantes implicações para o desenvolvimento de futuros tratamentos para manter o cérebro jovem e prevenir sua degeneração e o processo de envelhecimento. Porém, até agora se desconhecia o mecanismo molecular concreto responsável por este efeito positivo, segundo o estudo.
A equipa espera conseguir activar a CREB1 através de novos remédios para manter o cérebro jovem, sem a necessidade de uma dieta rigorosa. Além disso, o estudo lança luz sobre a relação entre doenças metabólicas, como diabetes e obesidade, e o declínio das actividades cognitivas.
A restrição calórica significa um consumo de até 70 por cento dos alimentos que seriam consumidos normalmente e é uma forma conhecida para prolongar a vida e melhorar a capacidade cognitiva, comprovada por diversos modelos experimentais.
Os ratos submetidos à limitação de calorias não se tornam obesos nem desenvolvem diabetes, apresentando maior desempenho cognitivo e de memória e tornando-se menos agressivos. Além disso, não desenvolvem Alzheimer, ou demoram muito mais. Estudos anteriores já comprovavam que a obesidade é prejudicial para nosso cérebro, causando envelhecimento precoce e tornando-o susceptível a doenças comuns em idosos, como o Alzheimer e Parkinson.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
MENSAGEM DE NATAL
Desejo ferverosamente a todas as portuguesas e portugueses, à minha família, aos meus amigos e aos leitores do meu blog um Santo e Feliz Natal e um Ano de 2012 tão bom quanto possível. Desejo também aos nossos governantes lucidez e clarividência para levarem a bom porto esta Nau que sofreu um enorme rombo e parece estar a afundar-se.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Pensamento do dia
"Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso."
Einstein , Albert
A NASA confirma a existência de um planeta na zona orbital habitável do sistema planetário Kepler 22, a 600 anos-luz da Terra, no qual poderá haver condições para a formação de água em estado líquido.
![]() Associated Press/Nasa |
O planeta Kepler 22b, detectado pela primeira vez em 2009 e situado a cerca de 600 anos-luz da Terra, é o primeiro planeta confirmado pela Nasa como estando numa zona orbital habitável fora do Sistema Solar, ou seja, com condições adequadas à vida em termos de disponibilidade de água, temperatura e atmosfera.
O Kepler 22b tem 2,4 vezes o raio da Terra e gira em torno da sua estrela, similar ao Sol, a cada 290 dias.
Os cientistas calculam que sua temperatura na superfície seja de 22 graus Celsius, mas não sabem se o planeta é rochoso, gasoso ou líquido.
A primeira "passagem" do planeta em frente à sua estrela foi captada pouco depois de a Nasa lançar o telescópio espacial Kepler, em março de 2009. Este equipamento conta com a maior câmera já enviada ao espaço.
Com o Kepler 22b, são três os exoplanetas confirmados por cientistas em todo o mundo capazes de abrigar a vida.
O Kepler 22b tem 2,4 vezes o raio da Terra e gira em torno da sua estrela, similar ao Sol, a cada 290 dias.
Os cientistas calculam que sua temperatura na superfície seja de 22 graus Celsius, mas não sabem se o planeta é rochoso, gasoso ou líquido.
A primeira "passagem" do planeta em frente à sua estrela foi captada pouco depois de a Nasa lançar o telescópio espacial Kepler, em março de 2009. Este equipamento conta com a maior câmera já enviada ao espaço.
Com o Kepler 22b, são três os exoplanetas confirmados por cientistas em todo o mundo capazes de abrigar a vida.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Spin-off da UMinho cria meias para pé diabético
Produto tem efeito anatómico, anti-bacteriano e calmante
2011-11-18

Meias de algodão, sais de prata e extractos de algas.
Segundo os responsáveis, as meias Skintoskin Diabetic foram concebidas para ajudar a minimizar os problemas decorrentes do pé diabético. Permitem ao utilizador fazer uma manutenção apropriada do seu problema, são também adequadas a pés sensíveis e têm um efeito anti-odor. Estão disponíveis para adultos, em três tamanhos, através da loja online da marca, em farmácias e em parafarmácias.
Há cerca de um milhão de diabéticos em Portugal, com idades entre os 20 e os 79 anos. Já 15 por cento desenvolvem o chamado pé de risco, podendo ter alterações graves ao nível dos pés. Neuropatia diabética, problemas circulatórios, infecção e menor circulação sanguínea no local são os principais problemas associados.
A Skintoskin representa o vestuário biofuncional da New Textiles, destinada a bebés, crianças e adultos com problemas de pele, como o eczema, tendo sido dermatologicamente testada no combate a sintomas como prurido, vermelhidão e irritação.
A spin-off da UMinho, sediada no SpinPark/AvePark, em Guimarães, é especialista em têxteis técnicos no sector da saúde está presente em Espanha, Alemanha, Reino Unido, Chile e República Checa. Actualmente, prossegue o processo de internacionalização, a par do desenvolvimento de novas soluções no domínio da saúde e bem-estar.
Material mais leve do mundo apresentado na «Science»
Microrede Metálica Ultraleve é cem vezes mais leve do que a esferovite

Microrede Metálica Ultraleve
O material sólido mais leve do mundo é apresentado e descrito esta semana na revista «Science», cem vezes mais leve do que a esferovite, a Microrede Metálica Ultraleve e foi inventada por investigadores do Departamento de Engenharia Mecânica e Aeroespacial da Universidade de Califórnia em Irvine, dos laboratórios HRL e do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).
Composto por pequenos tubos metálicos conectados em rede, com uma espessura 1000 vezes mais pequena do que um fio de cabelo, este material deve a sua leveza ao facto dos tubos serem ocos, o que faz com que 99,9 por cento da sua composição seja ar.
Para desenvolver esta Microrede Metálica Ultraleve, a equipa criou um molde, utilizando um truque óptico de criação de fibras poliméricas por um feixe de luz com posterior aplicação de uma camada de níquel.
Além de muito leve, o material é também resistente. Os investigadores submeteram o material a stress térmico, amortecimento acústico e vibração sempre com bons resultados. Após uma compressão de 50 por cento do seu volume, a microrede recuperou em 98 por cento o seu volume original.
“Os materiais tornam-se mais fortes à medida que as suas dimensões são reduzidas para escalas nanométricas”, explica o engenheiro mecânico e aeroespacial Lorenzo Valdevit, investigador principal do projecto.
Investigadores portugueses criam plantas recorrendo à biotecnologia
Projecto «Inphytro» quer potenciar características para aplicação farmacêutica e alimentar

Três alunos de doutoramento e pós-doutoramento da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto apresentaram com sucesso o seu projecto da criação de plantas in vitro que sirvam as indústrias alimentar e farmacêutica.
Com o projecto intitulado «Inphytro» a equipa ganhou o prémio Star-Now no concurso de «Realize o Seu Sonho», promovido pela associação Acredita Portugal. Já tinha vencido uma menção honrosa no «iUP25k - Concurso de Ideias de Negócio da Universidade do Porto».
Em declarações ao «Ciência Hoje», David Pereira, um dos investigadores, além de João Fernandes e Henrique Nascimento, explicou que já trabalhava nesta área das plantas. “Quando surgiu a oportunidade de concorreu, ocorreu-nos fazer algo dentro deste género”, diz.
“Aliar a biotecnologia à agricultura de forma a valorizar a flora portuguesa, apostando numa área estratégica para o país” é a ideia central do «InPhytro». “Queremos produzir plantas aromáticas e medicinais para servirem de matéria-prima para a indústria alimentar e farmacêutica, mas não recorrendo à agricultura tradicional”, diz.
Através da biotecnologia, pretende-se aumentar o rendimento das potencialidades das plantas. “É bom frisar que não vamos usar organismos geneticamente modificados”, sublinha o investigador.
A potencialização das características das plantas é feita in vitro, através com controlo químico e biológico. No próximo ano, os investigadores querem avançar para a criação de uma empresa, que está já a ser incubada.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Nova legislação aumenta direito de consumidores
Directiva permite devolução de compras online no prazo de 14 dias
Consumidor poderá anular a compra.
A proposta recebeu o "sim" do Parlamento Europeu numa primeira leitura e o Conselho de Ministros europeus e do Meio Ambiente, reunido no Luxemburgo, aprovou-a. A legislação entrará em vigor após a publicação no Diário da UE e os Estados-membros terão dois anos para integrá-la no direito nacional.
A nova directiva harmoniza a informação que os consumidores devem receber, assim como o direito de devolver um produto que tenha sido adquirido à distância ou fora de uma loja, num prazo de 14 dias após a compra do mesmo, sem encargos adicionais e sem dar explicações, salvo casos excepcionais. Para o efeito, será criado um formulário padrão que será fornecido pelos vendedores.
No caso das compras efetuadas fora das lojas - por catálogo, Internet, telefone - os Estados-membros devem manter a legislação nacional existente que proíba o vendedor de aplicar um valor durante o período da devolução.
A lei estabelece, também, uma lista de informação básica que o cliente deve receber quanto realiza a compra numa loja, à qual os países podem acrescentar dados suplementares, dependendo das circunstâncias nacionais.
No momento de entrega do artigo, o vendedor deverá fazê-lo "logo que possível" e nunca mais tarde do que 30 dias após a compra. Se estas condições não forem cumpridas, o consumidor poderá anular a compra e pedir o reembolso dos gastos.
Esta directiva estabelece ainda que cabe ao vendedor a responsabilidade por qualquer defeito que possa sofrer o produto durante o seu transporte e que o preço do envio deve ser bem claro e estar bem destacado para o consumidor. Se um vendedor operar através de uma linha telefónica, o consumidor não terá de pagar mais do que a tarifa básica quando efectua a encomenda.
No caso das compras efetuadas fora das lojas - por catálogo, Internet, telefone - os Estados-membros devem manter a legislação nacional existente que proíba o vendedor de aplicar um valor durante o período da devolução.
A lei estabelece, também, uma lista de informação básica que o cliente deve receber quanto realiza a compra numa loja, à qual os países podem acrescentar dados suplementares, dependendo das circunstâncias nacionais.
No momento de entrega do artigo, o vendedor deverá fazê-lo "logo que possível" e nunca mais tarde do que 30 dias após a compra. Se estas condições não forem cumpridas, o consumidor poderá anular a compra e pedir o reembolso dos gastos.
Esta directiva estabelece ainda que cabe ao vendedor a responsabilidade por qualquer defeito que possa sofrer o produto durante o seu transporte e que o preço do envio deve ser bem claro e estar bem destacado para o consumidor. Se um vendedor operar através de uma linha telefónica, o consumidor não terá de pagar mais do que a tarifa básica quando efectua a encomenda.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
pensamento do dia
"Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso."
Einstein , Albert
Alergias de Outono
A Primavera e o Outono são as estações do ano mais propensas a alergias respiratórias (rinite alérgica).
No Outono as alergias surgem essencialmente devido às casas serem menos arejadas, haver mais mofo, humidade e pó. As casas menos arejadas e a diminuição da força do sol, facilita a multiplicação dos ácaros (animais microscópicos que desencadeiam alergias) e o surgimento do mofo.
Os sinais e sintomas da alergia respiratória podem ser confundidos com os da constipação ou gripe, nomeadamente congestão nasal, secreções nasais constantes, espirros, prurido (comichão) nos olhos, nariz, garganta e céu-da-boca, cefaleias (dor de cabeça) e mal-estar geral.
No Outono as alergias surgem essencialmente devido às casas serem menos arejadas, haver mais mofo, humidade e pó. As casas menos arejadas e a diminuição da força do sol, facilita a multiplicação dos ácaros (animais microscópicos que desencadeiam alergias) e o surgimento do mofo.
Os sinais e sintomas da alergia respiratória podem ser confundidos com os da constipação ou gripe, nomeadamente congestão nasal, secreções nasais constantes, espirros, prurido (comichão) nos olhos, nariz, garganta e céu-da-boca, cefaleias (dor de cabeça) e mal-estar geral.
Nesta altura do ano é aconselhável: |
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- Arejar o mais possível a casa, colocar os colchões ao sol, aspirá-los frequentemente e colocar uma protecção nos colchões e almofadas. - Limpar o pó mais vezes e retirar humidades das paredes e móveis. - Evitar cobertores e casacos de lã, ou lavá-los sempre que possam ser secos ao sol. - Usar aparelhos que esterilizem o ar e matem os ácaros (acaricidas). As pessoas que têm rinite alérgica, são medicadas pelo médico para controlar os sintomas. Se os sintomas piorarem, devem consultar o médico porque pode ser necessário um reajuste da medicação ou alterar algum dos medicamentos. Pode ser necessário fazer medicação antes da chegada da Primavera e Outono, para controlarem melhor a alergia. |
Nova geração de dirigíveis vai cruzar os céus a partir de 2014
Empresa britânica Hybrid Air Vehicles aposta no baixo custo do transporte

Os dirigíveis vão transportar produtos em zonas geladas
A partir de 2014 vão poder voltar a ver-se nos céus aeronaves dirigíveis. Tal como os zeppelins das primeiras décadas do século XX, e outros dirigíveis, os novos aeronaves que estão a ser concebidas pela companhia Hybrid Air Vehicles (HAV) têm como princípio básico utilizar gás mais leve do que o ar.
A capacidade técnica para se mover em espaços onde transportes convencionais têm problemas é a mais-valia destes HAV. A nova geração de aeróstatos será utilizada em zonas geladas para o transporte de produtos a custos relativamente baixos.
Depois de terem feito sucesso e provocado admiração nas primeiras décadas do século XX, a insegurança do transporte votou-o ao esquecimento. Passaram a ser utilizados somente para fins publicitários ou para investigações científicas.
Estes veículos modernos utilizam o princípio híbrido, ou seja, tanto a aerodinâmica como a tecnologia “mais leve do que o ar” para gerar a sustentação. Aproximadamente 60 por cento da elevação é aerostática (sustentabilidade a hélio). A restante percentagem é aerodinâmica, gerada a partir do formato do veículo
Além da vantagem de poder dirigir-se para pontos geográficos difíceis, estas aeronaves têm também o factor económico do seu lado. Os custos de viagem por terra ou a contratação de voos são geralmente muito altos.
A empresa britânica propõe criar um sistema de voo barato e prático utilizando dirigíveis que podem transportar até 50 toneladas de peso a um quarto de custo dos meios convencionais.
Zonas geladas de exploração de minérios como a Gronelândia, o Canadá ou a Sibéria já se mostraram interessadas no projecto.Cientistas descobrem planeta com dois sóis
Chamam-lhe Kepler-16b e está a 200 anos-luz da Terra

O planeta descoberto é parecido com o Tatooine da “Guerra das Estrelas”
Este exoplaneta que gira em torno de dois sóis foi chamado de Kepler-16b e localiza-se a 200 anos-luz da Terra.
O Kepler-16b tem uma massa de quase um terço da de Júpiter e um raio correspondente a 75 por cento deste planeta, o maior do Sistema Solar. Possui uma dimensão e uma massa semelhantes a Saturno e orbita os dois sóis em 229 dias, a uma distância média de 104,6 milhões de quilómetros.
Até hoje, um planeta como este apenas existia na “Guerra das Estrelas” com o planeta Tatooine, coberto de desertos e povoado de espécies indígenas como os ‘homens das areias’.
Mas, ao contrário deste planeta, o Kepler-16b é frio e gasoso, pelo que os astrónomos norte-americanos excluem a possibilidade de lá existir vida. Os dois sóis são estrelas mais pequenas e quentes do que o Sol, o que faz com que a temperatura seja à superfície entre 73 e 101 graus negativos.
Até hoje, um planeta como este apenas existia na “Guerra das Estrelas” com o planeta Tatooine, coberto de desertos e povoado de espécies indígenas como os ‘homens das areias’.
Mas, ao contrário deste planeta, o Kepler-16b é frio e gasoso, pelo que os astrónomos norte-americanos excluem a possibilidade de lá existir vida. Os dois sóis são estrelas mais pequenas e quentes do que o Sol, o que faz com que a temperatura seja à superfície entre 73 e 101 graus negativos.
Saiba tratar da diabetes
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) lançou ontem um livro que pretende ajudar as pessoas que acabam de saber que têm diabetes a realizarem o seu próprio tratamento.
«A Diabetes na sua mão – agora que descobriu que tem diabetes do tipo 2» é um livro de Francisco Sobral do Rosário, Maria João Afonso e José Manuel Boavida. É editado pela Gradiva e dirigido ao público em geral.
«A Diabetes na sua mão – agora que descobriu que tem diabetes do tipo 2» é um livro de Francisco Sobral do Rosário, Maria João Afonso e José Manuel Boavida. É editado pela Gradiva e dirigido ao público em geral.
Este livro procura “comunicar de uma forma directa” e em “linguagem facilmente compreensível” tudo o que rodeia a diabetes, explica Francisco Sobral do Rosário ao Ciência Hoje.
Assim, tendo em conta receios e mitos relacionados com a diabetes, tenta “responder de uma forma clara e acessível” às dúvidas dos leitores.
A ideia de realizar a obra partiu das sessões realizadas na APDP e orientadas por Francisco Sobral do Rosário para pessoas com diabetes tipo 2. Estas consistem num “diálogo franco” entre profissionais de saúde, pessoas com esta doença e familiares.
Outra razão prendeu-se com a “inexistência de um livro dirigido ao público em geral” sobre este assunto, explica o autor.
Assim, tendo em conta receios e mitos relacionados com a diabetes, tenta “responder de uma forma clara e acessível” às dúvidas dos leitores.
A ideia de realizar a obra partiu das sessões realizadas na APDP e orientadas por Francisco Sobral do Rosário para pessoas com diabetes tipo 2. Estas consistem num “diálogo franco” entre profissionais de saúde, pessoas com esta doença e familiares.
Outra razão prendeu-se com a “inexistência de um livro dirigido ao público em geral” sobre este assunto, explica o autor.
Passagem do cometa Elenin não será catastrófica
A passagem do Cometa Elenin "perto" da Terra e o fenómeno na Internet de que “algo catastrófico” pode acontecer no planeta em breve levou a NASA a lançar recentemente um comunicado intitulado «Cometa Elenin não ameaça Terra». Terramotos, furacões, tsunamis, chuva de meteoros, construção de abrigos subterrâneos na Rússia, compra de kit´s de sobrevivência ou comparações ao hipotético Planeta X são algumas das informações veiculadas na Internet relacionadas com a passagem do cometa.
Segundo cálculos da NASA, o Elenin – detectado a 10 de Dezembro de 2010 por Leonid Elenin (Lyubertsy, Rússia) e cujo nome científico é C/2010 X1 – atingirá a máxima aproximação do nosso planeta no próximo dia 16 de Outubro. “O que posso dizer para já é que não há perigo algum, porque vai passar muito longe”, disse o investigador Nuno Peixinho, do Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra e do Centro de Física Computacional.
Segundo cálculos da NASA, o Elenin – detectado a 10 de Dezembro de 2010 por Leonid Elenin (Lyubertsy, Rússia) e cujo nome científico é C/2010 X1 – atingirá a máxima aproximação do nosso planeta no próximo dia 16 de Outubro. “O que posso dizer para já é que não há perigo algum, porque vai passar muito longe”, disse o investigador Nuno Peixinho, do Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra e do Centro de Física Computacional.
O cientista português refere ainda que não irá tapar o sol, já que para o conseguir teria de estar a 400 quilómetros de distância da Terra e aquele corpo celeste vai passar a uma distância de 35 milhões de quilómetros, o que equivale quase cem vezes a distância da Terra à Lua.
“Seria a mesma coisa que um mosquito passar entre nós e o sol, não o vemos”, exemplifica o especialista da área da Astronomia, desmistificando também a ideia divulgada na Internet que o Elenin facilite o aparecimento de catástrofes naturais, como tsunamis, porque simplesmente a força da gravidade exercida sobre a Terra pelo cometa “é mínima”, sendo, na prática, essencialmente nula.
Mas o fenómeno na Internet sobre o cometa Elenin é de tal ordem que até já se compara aquela bola de gelo sujo com um diâmetro entre os três e os cinco quilómetros, a uns eventuais Planeta X ou ao Planeta Vermelho, recorrendo a místicas interpretações de antigas hipóteses científicas já há muito refutadas.
A chegada de uma nave espacial com uma civilização alienígena também são conjecturas que se podem ler em vários sítios da Internet quando se faz uma pesquisa por “cometa Elenin” e há sítios virtuais que referem que os russos decidiram aumentar o número de abrigos em bases subterrâneas como um plano de emergência à passagem do Elenin.
Há outros sítios na Internet que indicam que a NASA está num nível de alerta máximo e que a FEMA (Federal Emergency Management Agency), começou a instalar câmaras de vigilância nos EUA para capturar a “queda de meteoritos”.
Especulações incorrectas
O cientista Don Yeomans, da NASA, afirma que se têm “verificado especulações incorrectas sobre o alinhamento do Elenin com outros corpos celestiais”. No documento da agência espacial lê-se também que o tamanho do cometa é “modesto”, apresentando um diâmetro entre três a cinco quilómetros, e que não oferece “ameaça à Terra”.
O Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) também defende que a passagem do cometa não terá “nenhuma influência na Terra”, nem “causará escuridão”, porque o cometa nem sequer “cruzará o disco solar e mesmo que cruzasse é tão pequeno e está tão longe que não se notaria diferença no brilho aparente do Sol".
“Os cometas são objectos muito pouco densos – são uma mistura de rocha e gelo - e não têm nenhum tipo de influência gravitacional significativa” sobre nós, esclarece Nelma Alas, do CAUP. O Núcleo de Divulgação do centro informa ainda que nem sequer se sabe ainda se o cometa Elenin será visível a olho nu no céu nocturno. “Pensa-se que com uns bons binóculos se conseguirá observar, mas é claro que também é necessário um bom céu – sem nuvens e sem poluição luminosa”, indica Nelma Silva, do NDCAU, recordando, por exemplo, que o cometa Hale-Boop, o mais brilhante das últimas décadas, foi bem visível em 1997 a olho nu.
“Seria a mesma coisa que um mosquito passar entre nós e o sol, não o vemos”, exemplifica o especialista da área da Astronomia, desmistificando também a ideia divulgada na Internet que o Elenin facilite o aparecimento de catástrofes naturais, como tsunamis, porque simplesmente a força da gravidade exercida sobre a Terra pelo cometa “é mínima”, sendo, na prática, essencialmente nula.
Mas o fenómeno na Internet sobre o cometa Elenin é de tal ordem que até já se compara aquela bola de gelo sujo com um diâmetro entre os três e os cinco quilómetros, a uns eventuais Planeta X ou ao Planeta Vermelho, recorrendo a místicas interpretações de antigas hipóteses científicas já há muito refutadas.
A chegada de uma nave espacial com uma civilização alienígena também são conjecturas que se podem ler em vários sítios da Internet quando se faz uma pesquisa por “cometa Elenin” e há sítios virtuais que referem que os russos decidiram aumentar o número de abrigos em bases subterrâneas como um plano de emergência à passagem do Elenin.
Há outros sítios na Internet que indicam que a NASA está num nível de alerta máximo e que a FEMA (Federal Emergency Management Agency), começou a instalar câmaras de vigilância nos EUA para capturar a “queda de meteoritos”.
Especulações incorrectas
O cientista Don Yeomans, da NASA, afirma que se têm “verificado especulações incorrectas sobre o alinhamento do Elenin com outros corpos celestiais”. No documento da agência espacial lê-se também que o tamanho do cometa é “modesto”, apresentando um diâmetro entre três a cinco quilómetros, e que não oferece “ameaça à Terra”.
O Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) também defende que a passagem do cometa não terá “nenhuma influência na Terra”, nem “causará escuridão”, porque o cometa nem sequer “cruzará o disco solar e mesmo que cruzasse é tão pequeno e está tão longe que não se notaria diferença no brilho aparente do Sol".
“Os cometas são objectos muito pouco densos – são uma mistura de rocha e gelo - e não têm nenhum tipo de influência gravitacional significativa” sobre nós, esclarece Nelma Alas, do CAUP. O Núcleo de Divulgação do centro informa ainda que nem sequer se sabe ainda se o cometa Elenin será visível a olho nu no céu nocturno. “Pensa-se que com uns bons binóculos se conseguirá observar, mas é claro que também é necessário um bom céu – sem nuvens e sem poluição luminosa”, indica Nelma Silva, do NDCAU, recordando, por exemplo, que o cometa Hale-Boop, o mais brilhante das últimas décadas, foi bem visível em 1997 a olho nu.
Portugueses criam o feixe de raios gama mais brilhante do mundo
Por Susana Lage

Nuno Lemos e João Mendanha Dias
Em entrevista ao Ciência Hoje, a equipa do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) do Instituto Superior Técnico (IST), explica que fez este trabalho numa colaboração com a Universidade de Strathclyde e o Laboratório Rutherford Appleton, Reino Unido. Os resultados foram publicados esta semana na revista Nature Physics.
“Nunca ninguém tinha proposto uma experiencia para produzir raios gama”, afirmam.
A fonte de raios gama criada tem um brilho mais de mil biliões de vezes superior ao emitido pelo Sol. As características únicas, como a elevada coerência espacial, alto brilho e duração ultra-curta, podem abrir novos caminhos em várias aplicações tão diversas como biologia, ciências dos materiais, física nuclear, segurança ambiental e medicina.
Próximos passos
Existem dois tipos de abordagem para o futuro desta investigação, como a produção de “raios gama ainda mais energéticos para o estudo de reacções nucleares”, uma aplicação mais fundamental no plano da investigação científica, referem Nuno Lemos e João Mendanha Dias.
Outra abordagem passa por “desenvolver as características desta fonte como um género de laser de raios gama”, onde poderá ser aplicado em várias áreas como, por exemplo, o tratamento do cancro, imagiologia médica, produção de isótopos para PET (Tomografia de Emissão de Positrões), e monitorização da integridade de resíduos radioactivos.
Segundo os cientistas, “este trabalho, ao demonstrar a geração de radiação gama através aceleradores laser-plasma compactos e comparativamente de baixo custo abre a possibilidade à proliferação a este tipo de aplicações até agora muito restrito”.

Exemplo de um acelerador laser-plasma simulado
As fontes de raios gama ultra-brilhantes permitem sondar matéria densa como por exemplo verificar a integridade de resíduos nucleares armazenados. Para além disso a característica ultra-curta na sua duração permite o estudo de fenómenos ultra rápidos da estrutura da matéria à escala nuclear.
O princípio utilizado para criar o feixe de raios gama baseia-se no conceito de aceleradores laser-plasma, técnica em que a equipa portuguesa trabalha há vários anos. "Na natureza, se acelerarmos partículas carregadas, como os electrões, estas emitem radiação. Nesta experiência, os electrões são capturados numa cavidade de iões deixada pelo rasto de um impulso laser muito intenso a propagar-se num plasma (gás ionizado). Aqui, são acelerados até altas energias, atingindo velocidades próximas da luz", explicam os investigadores do IPFN.
Após serem acelerados nesta cavidade, alcançam o impulso laser obtendo ainda mais energia ao interagir com este, começando a oscilar fortemente. "Este forte movimento oscilatório de electrões altamente energéticos permite-nos aumentar a energia da radiação emitida até ao nível dos raios gama", continuam.
Este tipo de aceleradores, denominados aceleradores laser-plasma, baseia-se em impulsos laser de alta potência que se propagam num plasma, conseguindo acelerar partículas carregadas até energias muito altas num espaço muito curto. "Graças a isto, é possível reduzir os aceleradores convencionais com mais de 100 metros de comprimento para uma dimensão que cabe na palma da mão", concluem.
domingo, 18 de setembro de 2011
George Winter: Prémio europeu para investigador português
Rui Reis, investigador da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, foi galardoado com a principal distinção da Europa na área dos Biomateriais – o George Winter Award, atribuído pela European Society for Biomaterials (ESB) e que se destina a reconhecer, encorajar e estimular contributos notáveis para a investigação na área dos biomateriais.
Insistiu em salientar que "este prémio carreira" destaca, igualmente, "o contributo da restante equipa de investigação na área de regeneração de tecidos", com materiais naturais aplicados em células estaminais. Materiais naturais como amido de milho ou soja e quitina – um polímero equivalente ao colagénio que pode ser encontrado em derivados de camarões ou lagosta –, algas mineralizadas (verdes e em corais) são alguns dos biomateriais mais utilizados para a criação de osso e cartilagem, segundo explicou ao «Ciência Hoje» (CH).
Insistiu em salientar que "este prémio carreira" destaca, igualmente, "o contributo da restante equipa de investigação na área de regeneração de tecidos", com materiais naturais aplicados em células estaminais. Materiais naturais como amido de milho ou soja e quitina – um polímero equivalente ao colagénio que pode ser encontrado em derivados de camarões ou lagosta –, algas mineralizadas (verdes e em corais) são alguns dos biomateriais mais utilizados para a criação de osso e cartilagem, segundo explicou ao «Ciência Hoje» (CH).
Os materiais de origem marinha são combinados e utilizados "como suporte de células estaminais para a regeneração, em cultura de células, no domínio de defeitos ósseos ou tecidos".
No entanto, os projectos deste cientista vão ‘de vento em popa’, já que conta já com mais de uma dezena de patentes registadas e “a investigação está cada vez mais próxima da aplicação clínica” – estando, entretanto, apenas a ser aplicada em pequenos e grandes animais. O trabalho de Rui Reis já saiu do laboratório e “está numa empresa que conta com capitais de risco e alguns investidores privados”.
Os materiais, em termos empresariais, ainda “não são comercializados para pacientes humanos”, por falta de regulações nacionais e europeias, mas “estarão disponíveis a outros laboratórios que os possam usar”, avançou ainda ao CH.
Com 44 anos, Rui Reis torna-se um dos galardoados mais jovens a receber esta distinção, já que “costuma ser atribuída a cientistas aposentados ou em vias disso”. O prémio será entregue, no próximo dia 7, durante a conferência anual de biomateriais da sociedade, em Dublin, na Irlanda, com a presença de mais de mil investigadores de todo o mundo.
No entanto, os projectos deste cientista vão ‘de vento em popa’, já que conta já com mais de uma dezena de patentes registadas e “a investigação está cada vez mais próxima da aplicação clínica” – estando, entretanto, apenas a ser aplicada em pequenos e grandes animais. O trabalho de Rui Reis já saiu do laboratório e “está numa empresa que conta com capitais de risco e alguns investidores privados”.
Os materiais, em termos empresariais, ainda “não são comercializados para pacientes humanos”, por falta de regulações nacionais e europeias, mas “estarão disponíveis a outros laboratórios que os possam usar”, avançou ainda ao CH.
Com 44 anos, Rui Reis torna-se um dos galardoados mais jovens a receber esta distinção, já que “costuma ser atribuída a cientistas aposentados ou em vias disso”. O prémio será entregue, no próximo dia 7, durante a conferência anual de biomateriais da sociedade, em Dublin, na Irlanda, com a presença de mais de mil investigadores de todo o mundo.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Nova ferramenta de diagnóstico da asma alérgica
Investigadores concebem dispositivo mais rápido e não-invasivo

A asma alérgica afecta directamente as vias aéreas.
A asma alérgica (um sub-tipo de asma) é um problema de saúde crescente que afecta todas as faixas etárias. Os agentes alérgicos responsáveis são comuns ao dia-a-dia de qualquer individuo, tais como, ácaros, mofo, pólen e alimentos ou conservantes destes. Através de um método inovador, os investigadores analisaram os compostos voláteis no ar utilizando a técnica GC/MS. A equipa defende que o ar exalado por um paciente é um bom ponto de partida para a investigação, uma vez que a asma alérgica afecta directamente as vias aéreas.
Quando o stress danifica o DNA
Investigadores descobrem mecanismo que ajuda a explicar acumulação de danos
2011-08-22

Stress crónico leva à redução da proteína que impede alterações genómicas
Agora, na Duke University Medical Center , EUA, descobriram um mecanismo que ajuda a explicar a resposta ao stress, em termos de danos ao DNA, avança a revista Nature.
“Acreditamos que este é o primeiro estudo a propor um mecanismo específico através do qual uma marca registada do stress crónico, a adrenalina elevada, poderia, eventualmente, causar danos no DNA que são detectáveis”, explicou um dos autores do estudo, Robert J. Lefkowitz, cientista da Duke University Medical Center.
Para realizar a experiência, introduziu-se um composto de adrenalina em ratos que funciona através de um receptor chamado de receptor adrenérgico beta. Os cientistas descobriram que este modelo de stress crónico despoletou certos caminhos biológicos que resultaram numa acumulação danos no DNA.
Segundo Robert J. Lefkowitz, “isto pode fornecer uma explicação plausível de como o stress crónico pode causar vários distúrbios humanos, que vão desde aspectos meramente cosméticos, como cabelos grisalhos, até doenças graves ou mortais”.
A proteína P53 é supressora de tumores e é considerada "guardiã do genoma", ou seja, aquela que impede alterações genómicas.
“O estudo mostrou que o stress crónico leva à redução prolongada dos níveis de P53”, disse Makoto Hara, colega de laboratório de Robert J. Lefkowitz. Assim, “colocamos a hipótese de que esta é a razão para as irregularidades cromossómicas encontradas nos ratos cronicamente stressados”.
Nas próximas investigações, Robert J. Lefkowitz pretende estudar ratos que são colocados sob stress (contido), criando assim sua própria adrenalina ou reacção de stress, para saber se as reacções físicas do stress também levam ao acúmulo de danos no DNA.
A vida tem mais de 3,4 mil milhões de anos
Cientistas descobrem os fósseis de micróbios mais antigos da Terra
2011-08-22

Reconstrução em 3D do micróbio de 3,4 bilhões de anos achado na Austrália (AFP/HO/NATURE, David Wacey and Derek Gertsmann)
“Temos finalmente uma boa prova de que a vida tem mais de 3,4 mil milhões de anos. Isto prova a existência de bactérias que viviam sem oxigénio”, adiantou um dos responsáveis pelo estudo, o professor Martin Brasier da Universidade de Oxford.
Segundo um comunicado desta universidade, tratam-se “dos fósseis mais antigos encontrados na Terra”.
O planeta Terra tem cerca de 4,5 mil milhões de anos. O primeiro registo de vida data de entre 3,5 mil milhões a 3,8 mil milhões de anos, de acordo com anteriores trabalhos científicos.
Os fósseis agora encontrados por David Wacey e pela sua equipa numa das mais antigas praias do planeta, num local isolado chamado Strandley Pool, estão associados a cristais microscópicos de pirite, minerais à base de sulfato de ferro.
Esses cristais serão resultado da actividade biológica (metabolismo) passada dos micro-organismos fósseis.
Os cientistas estimam poder “ter a certeza absoluta da idade” dos fósseis, já que as rochas sedimentares onde foram encontradas foram formadas entre dois episódios vulcânicos.
“Isso limita em algumas dezenas de milhões de anos” o intervalo de tempo durante o qual os fósseis se poderão ter formado, precisou Martin Brasier.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Planeta negro “como o carvão”
Exoplaneta TrES-2b é, que se conheça, o mais escuro do Universo
Sistema planetário TrES-2
Astrónomos do Instituto de Astrofísica Harvard-Smithsonian (EUA) descobriram o planeta mais escuro (até agora) do Universo. É o exoplaneta TrES-2b, um gigante de gás do tamanho de Júpiter. Situa-se a 750 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Draco, e foi descoberto em 2006 durante o Trans-Atlantic Exoplanet Survey. Este astro reflecte menos de 1 por cento da luz da estrela que orbita, o que faz com que seja uma planeta “tão negro como o carvão”.
“Pelo que conseguimos perceber”, afirma em declarações á revista «ScienceNews» o astrónomo David Kipping, um dos autores da investigação, “o TrES-2b é muito menos reflector do que a tinta acrílica preta, o que torna este mundo muito bizarro”.O estudo está publicado na «Monthly Notices of the Royal Astronomical Society».
O planeta Júpiter está envolvido em nuvens brilhantes de amoníaco que reflectem mais de um terço da luz do sol que recebe. Ao contrário deste, este exoplaneta não tem nuvens reflectoras porque está muito mais perto da sua estrela (4,8 milhões de quilómetros) e as altas temperaturas (mais de 980 graus célsius) impede que as nuvens se formem.
A sua atmosfera tem compostos químicos que absorvem a luz, como o sódio, o potássio e óxido de titânio (em estado gasoso). No entanto, os cientistas admitem que a presença destes elementos não explica totalmente a escuridão do planeta.
Dados do telescópio espacial Kepler combinados com outras observações, permitiram que os investigadores medissem o brilho do sistema planetário TrES-2 quando o TrES-2b orbitava em torno da sua estrela para, assim, detectar o seu trânsito, ou seja, procuraram uma pequena diminuição do seu brilho que aconteceria quando o planeta passasse à frente da estrela.
Ao combinar a precisão do Kepler com outras observações percebeu-se que a mudança registada no brilho era a menor que já se tinha observado num exoplaneta.
Explosão solar na região AR11263
Ocorrência afecta meio ambiente e é um risco para aviões

Explosões solares emitem radiações para a Terra.
Essas explosões gigantescas de radiação trazem algum risco para pessoas que estão em aviões em altitudes elevadas, para além de afectarem o ambiente e serem capazes de interromper sinais de GPS ou provocar interferências nas comunicações.
Estas explosões são gigantescas, emanam energia, partículas de velocidade leves e altas no espaço. Estas chamas associam-se muitas vezes com tempestades solares magnéticas (CMEs). O número de explosões solares aumenta a aproximadamente cada 11 anos, e o sol vai-se movendo em direcção a outro máximo solar, provavelmente a partir de 2013 – o que significa que mais ocorrências deste género irão acontecer, algumas serão pequenas, mas outras poderão ser bastante grandes ao ponto de enviar radiações massivas para a Terra.
sábado, 13 de agosto de 2011
NASA prepara-se para lançar sonda espacial Juno
Tecnologia irá estudar Júpiter durante cinco anos

Juno estudará formação e evolução de Júpiter.
O objectivo é descobrir a quantidade de água no planeta, o que motiva os enormes campos magnéticos deste e se existe um núcleo sólido sob a sua atmosfera densa e quente.
"Se queremos compreender de onde vimos e como se formam os planetas, é Júpiter que devemos estudar porque é este que detém o segredo", disse Scott Bolton, investigador do programa científico Juno.
"Queremos conhecer a lista de ingredientes. Queremos descobrir a receita de formação destes planetas”, indicou ainda o cientista.
Em 1989, a Nasa lançou a sonda Galileo, que entrou na órbita de Júpiter em 1995 e se desintegrou em 2003. Outros engenhos espaciais da Nasa, como o Voyager 1 e 2, Ulysses e New Horizons também estudaram o quinto planeta do sistema solar.
Mas desta vez, o Juno irá mais perto do que algum outro já foi, indicou o especialista. "Ficaremos a apenas cinco mil quilómetros do planeta", acrescentou. Além de Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno também são considerados planetas gasosos.
Pensamento do dia
Que Humanidade é Esta? Se o homem não for capaz de organizar a economia mundial de forma a satisfazer as necessidades de uma humanidade que está a morrer de fome e de tudo, que humanidade é esta? Nós, que enchemos a boca com a palavra humanidade, acho que ainda não chegámos a isso, não somos seres humanos. Talvez cheguemos um dia a sê-lo, mas não somos, falta-nos mesmo muito. Temos aí o espectáculo do mundo e é uma coisa arrepiante. Vivemos ao lado de tudo o que é negativo como se não tivesse qualquer importância, a banalização do horror, a banalização da violência, da morte, sobretudo se for a morte dos outros, claro. Tanto nos faz que esteja a morrer gente em Sarajevo, e também não devemos falar desta cidade, porque o mundo é um imenso Sarajevo. E enquanto a consciência das pessoas não despertar isto continuará igual. Porque muito do que se faz, faz-se para nos manter a todos na abulia, na carência de vontade, para diminuir a nossa capacidade de intervenção cívica.
José Saramago, in 'Canarias7 (1994)'
José Saramago, in 'Canarias7 (1994)'
BASTAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!
Porque será que são sempre os mesmos a pagar a crise?
As recentes medidas tomadas pelo governo Coelho & Portas acabam de dar um golpe terrivel nas classes com rendimentos mais baixos.
Ao agravar o IVA de 6% para 23% sobre a electricidade e o gás este governo mostrou a sua verdadeira face. Tudo pela burguesia nada pelas classes mais desfavorecidas e a procissão ainda não saiu do adro, proximamente vai ser o pão e o leite.
Este 1º Ministro chumbou o PEC 4 do Governo Socrates mas está a implementar medidas de austeridade mais gravosas que o PEC 4.
Este 1º Ministro porque não aprende com Berlusconi que impôs um "imposto de solidariedade" de 5% para quem ganha mais de 90.000 € e 10% para quem ganha mais de 150.000€/ano.
Há dias li que o ex-presidente da AR, Jaime Gama foi-lhe atribuida uma reforma de 4.800€ e a dois generais 5.000€. São reformas pornográficas e são um atentado à esmagadora maioria dos pensionistas portugueses pois estes senhores não irão sentir os preços do gás e electricidade.
Portugueses o país está a saque, temos de sair para as ruas e mostrar a estes políticos de meia-tijela que não podem brincar com os deserdados desta sociedade.
Culpo também os escroques que comandam os destinos da UE, verdadeiros bonecos nas mãos da senhora Merkel. Até parece que a "Kaiser" vai conseguir aquilo que o "Führer" nunca conseguiu, isto é dominar a Europa a seu bel-prazer.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Pensamento do dia
Tolerância às Opiniões
"Para que os homens possam sentir-se felizes com a minha companhia, é necessário antes de tudo que eu tenha a grande força de ver como prováveis as opiniões a que aderiram, desde que as não venham contradizer os factos que posso observar; não devo supor-me infalível; não devo considerar-me a inteligência superior e única entre o bando de pobres seres incapazes de pensar; cumpre-me abafar todo o ímpeto que possa haver dentro de mim para lhes restringir o direito de pensarem e de exprimirem, como souberem e quiserem, os resultados a que puderam chegar; de outro modo, nada mais faria de que contribuir para matar o universo: porque ele só vive da vida que lhe insufla o pensamento poderoso e livre."
Agostinho da Silva, in 'Diário de Alcestes '
"Para que os homens possam sentir-se felizes com a minha companhia, é necessário antes de tudo que eu tenha a grande força de ver como prováveis as opiniões a que aderiram, desde que as não venham contradizer os factos que posso observar; não devo supor-me infalível; não devo considerar-me a inteligência superior e única entre o bando de pobres seres incapazes de pensar; cumpre-me abafar todo o ímpeto que possa haver dentro de mim para lhes restringir o direito de pensarem e de exprimirem, como souberem e quiserem, os resultados a que puderam chegar; de outro modo, nada mais faria de que contribuir para matar o universo: porque ele só vive da vida que lhe insufla o pensamento poderoso e livre."
Agostinho da Silva, in 'Diário de Alcestes '
Cientistas detectam maior reservatório de água do universo
Registo feito num quasar a 12 mil milhões de anos-luz

Ilustração do quasar APM 08279+5255 (Imagem: Nasa / ESA)
Duas equipas de astrónomos lideradas por cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram o maior e mais distante reservatório de água jamais encontrado no universo.
A massa de água localiza-se a 12 mil milhões de anos-luz, pelo que as imagens são de uma altura em que o universo tinha apenas 1,6 mil milhões de anos, e corresponde a 140 triliões de vezes toda a água dos oceanos terrestres, de acordo com a NASA e com o estudo que foi publicado na revista “Astrophysical Journal Letters”.
A água encontrada está a envolver um quasar - um objecto brilhante e muito distante no universo, localizado no núcleo de uma galáxia e “alimentado” pela energia de um buraco negro supermassivo.
O APM 08279+5255, quasar observado nesta investigação, tem um buraco negro 20 mil milhões de vezes mais massivo do que o Sol e produz energia superior à energia de triliões de sóis.
O vapor de água ajuda a compreender a natureza deste quasar e a sua medição revela que há gás suficiente para alimentar o buraco negro até que atinja seis vezes o seu tamanho.
O gás libertado pelo buraco negro apresenta uma temperatura de 53 graus negativos, o que é cinco vezes mais quente do que os gases soltos na Via Láctea. “O ambiente em volta deste quasar é muito peculiar e é por isso que produz essa grande massa de água”, disse Matt Bradford, cientista do Laboratório da NASA, em Pasadena (Califórnia).
Embora já se tivesse detectado vapor de água em outras partes do universo, nunca tinha sido em tão grandes quantidades. De acordo com Matt Bradford, a nova descoberta “é uma demonstração de que a água está por todo o universo, mesmo nos seus primórdios".
Pensamento do dia
"O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado."
Einstein , Albert
Encontrados doze vulcões submarinos desconhecidos
Estruturas geológicas foram descobertas no oceano Antárctico
Uma cadeia de doze vulcões, alguns com três quilómetros de altitude, foi encontrada nas águas do Oceano Antárctico por cientistas do British Antarctic Survey (BAS), sendo este mais um passo para uma melhor compreensão da actividade vulcânica.
De acordo com a BAS, a investigação foi realizada através do navio oceanográfico “RRS James Clark Ross”, onde os cientistas mapearam o fundo do mar junto às ilhas South Sandwich, durante duas missões, em 2007 e 2010.
Os vulcões submarinos foram encontrados numa área com aproximadamente 600 quilómetros de extensão por 150 de largura. “Os cientistas encontraram crateras de cinco quilómetros de diâmetro, originadas pelo colapso de vulcões, e ainda sete vulcões activos observáveis acima do nível do mar”, explicou o BAS.
Este trabalho traz avanços científicos para “a compreensão do que acontece quando há erupção ou colapso de vulcões debaixo de água e o seu potencial para criar tsunamis”, garantiu o centro de investigação.
Os investigadores concluíram ainda que as águas aquecidas pela actividade vulcânica criam um habitat rico para muitas espécies de fauna e “acrescenta uma nova visão sobre a vida na Terra”.
Os investigadores concluíram ainda que as águas aquecidas pela actividade vulcânica criam um habitat rico para muitas espécies de fauna e “acrescenta uma nova visão sobre a vida na Terra”.
"Há muita coisa que não entendemos sobre a actividade vulcânica submarina. É provável que os vulcões estejam em erupção ou colapso a toda a hora. As tecnologias que os cientistas podem agora usar a partir de navios não só nos dão uma oportunidade de conhecer a história da evolução da Terra, mas também ajudam a lançar uma nova luz sobre o desenvolvimento dos acontecimentos naturais que apresentam riscos para as pessoas", disse Phil Leat, do BAS, no Simpósio Internacional de Ciências da Terra da Antártida.
Buracos negros não “acordam” com fusões de galáxias
Investigação internacional está publicada no «Astrophysical Journal»

O estudo foi baseado na observação detalhada de mais de 600 galáxias activas
Uma equipa de cientistas descobriu que a maioria dos buracos negros que estão no centro das galáxias desde os últimos 11 mil milhões de anos “não se tornaram activos devido a fusões de galáxias, como se pensava até agora.
Esta é a conclusão de um estudo publicado hoje no «Astrophysical Journal» e que tinha por objectivo descobrir a origem “do material que activa o buraco negro adormecido, originando violentas explosões no centro da galáxia e tornando-se num núcleo activo”.
Os astrónomos acreditavam que a maioria destes núcleos activos se “acendiam” quando se dava uma fusão de duas galáxias ou quando duas galáxias passavam muito perto uma da outra e o material ‘perturbado’ se tornava o combustível do buraco negro central”.
O novo estudo, que combina dados do Very Large Telescope do ESO (Observatório Europeu do Sul) e do observatório espacial de raios X XMM-Newton da ESA (Agência Espacial Europeia), indica que a “ideia pode estar errada no caso de muitas galáxias activas”.
A equipa de cientistas descobriu que “os núcleos activos são encontrados maioritariamente em galáxias com massa muito elevada, que contém muita matéria escura”. É referido também que a “maior parte dos núcleos activos se encontra em galáxias com massas cerca de 20 vezes maiores do que o valor previsto pela teoria da fusão”.
“Estes resultados abrem-nos uma nova janela sobre como é que os buracos negros de massa extremamente elevada iniciam as suas refeições”, adiantou Viola Allevato, autora principal do artigo. A cientista referiu ainda que “os resultados indicam que os buracos negros são normalmente alimentados por processos gerados no interior da própria galáxia, tais como instabilidades do disco e formação estelar violenta, em oposição a colisões de galáxias”.
Outra das autoras do estudo, Marcella Brusa, disse que o estudo “demorou cinco anos, mas conseguiu-se obter “um dos maiores e mais completos catálogos das galáxias activas no céu de raios X”.
O estudo foi baseado na observação detalhada de mais de 600 galáxias activas numa região do céu extensivamente estudada, o chamado campo COSMOS.
Para chegar a estas conclusões, a equipa observou detalhadamente mais “de 600 galáxias activas numa região do céu extensivamente estudada, o chamado campo COSMOS (uma área com cerca de dez vezes o tamanho da Lua Cheia, na constelação do Sextante)”.
Homens são mais propensos a cancro do fígado
Explicação encontra-se num gene ligado ao androgénio
2011-07-22
Doença é sete vezes mais prevalecente nos homens
Investigadores de Hong Kong descobriram que os homens são mais propensos a desenvolver cancro do fígado devido a um tipo de gene que está ligado às hormonas sexuais masculinas.
O estudo da Universidade de Hong Kong, iniciado em 2008, revela que mais de 70 por cento dos 50 pacientes que sofriam de cancro do fígado analisados produziram elevados níveis de um gene relacionado com o ciclo celular da quinase (CCRK, na sigla inglesa).
De acordo com os investigadores, o gene, um dos 17 mil do corpo humano, é directamente controlado e activado pela proteína receptora da hormona sexual masculina ou androgénio, o que explica o facto que, em 2007, o número de homens com a doença ter sido sete vezes superior ao das mulheres em todo o mundo.
Os cientistas concluíram ainda, com base em experiências em ratos de laboratório, que o CCRK figura também como um forte indutor no processo de crescimento anormal das células do fígado e na formação de tumores.
“Este estudo tem um impacto potencial clínico, pois representa a correlação entre o receptor (androgénio) e o desenvolvimento do cancro de fígado” e “também explica porque é que os homens têm um risco maior de sofrer de cancro de fígado do que as mulheres”, afirmaram o vice-reitor Joseph Sung e o chefe da investigação Mok Hing-yiu.
O cancro do fígado é terceiro tipo de cancro mais mortal do mundo, depois do cancro do pulmão e do cancro do cólon, não havendo actualmente qualquer tratamento eficaz.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Pensamento do dia
"Alguém disse que a vida é uma festa. A gente chega depois que começou e sai antes que acabe.
" (Elsa Maxwell)
" (Elsa Maxwell)
Câmara de mil milhões de pixéis vai mapear a Via Láctea
Gaia é o nome da missão da ESA que vai ter início em 2013

Montagem dos 106 CCDs foi realizada na Astrium France, Toulouse (imagem ESA)
A partir de 2013 e durante os cinco anos, a missão vai estudar mil milhões de estrelas dentro da Via Láctea e nas galáxias vizinhas. Será criado um catálogo único no qual estará especificado o brilho, as características espectrais e a posição e o deslocamento tridimensional de cada objecto observado, o que ajudará a revelar a composição, formação e evolução da Via Láctea.
Para estudar as estrelas mais distantes, cujo brilho é um milhão de vezes inferior ao que o olho humano é capaz de detectar, Gaia conta com um detector formado por 106 CCDs, uma versão avançada dos sensores das câmaras digitais convencionais.
Estes foram desenvolvidos pela empresa e2v Technologies, de Chelmsford, Reino Unido. Com uma forma rectangular, cada um dos sensores é ligeiramente mais pequeno do que um cartão de crédito e mais fino do que um cabelo humano. O plano focal, formado por um mosaico de CCDs de 0.5x1.0 m, foi montado nas instalações do contratante principal da missão, a Astrium France, em Toulouse.
Entre Maio e Junho, os técnicos fixaram os sensores na estrutura de suporte. “A montagem e o alinhamento preciso dos 106 CCDs é um passo crucial na montagem do plano focal do modelo de voo do Gaia”, explica Philippe Garé, responsável pela carga útil do Gaia.
A matriz principal é formada por 102 sensores dedicados à detecção de estrelas. Os outros quatro servem para comprovar a qualidade da imagem em cada um dos dois telescópios e para controlar a estabilidade do ângulo. Este tem como finalidade criar imagens tridimensionais das estrelas.
Para aumentar a sensibilidade dos sensores, o satélite manterá a sua temperatura a -110 graus centígrados. A estrutura de suporte dos CCDs, tal como grande parte do satélite, é feita de carbeto de silício, material resistente às deformações provocadas por mudanças de temperatura.
O Gaia vai operar a um milhão de quilómetros da Terra em direcção oposta ao Sol, onde o movimento orbital do nosso planeta equilibra as forças gravitacionais, criando um ponto de estabilidade no espaço.
Além das estrelas, estudará também outros corpos celestes, desde os pequenos objectos do Sistema Solar aos distantes quasares e galáxias, próximo dos limites do Universo observável.
Além das estrelas, estudará também outros corpos celestes, desde os pequenos objectos do Sistema Solar aos distantes quasares e galáxias, próximo dos limites do Universo observável.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Desenho mais antigo de rei egípcio encontrado em Assuão
Peça de arte rupestre pré-dinástica representa uma procissão de barcos supervisionada pelo rei

Desenho data da «dinastia zero» (3200-3000 a.C.)
O desenho mais antigo que se conhece de um rei egípcio foi encontrado nas proximidades de Assuão (região de Al Hamdulab), a 800 quilómetro do Cairo, por uma equipa de arqueólogos norte-americanos e italianos. Com cinco mil anos, o desenho é talhado em rocha e pertence ao período da chamada dinastia zero (3200-3000 a.C.).
Segundo o ministro de antiguidades egípcio Zahi Hawas, foi nessa época que ocorreu o complexo processo de unificação política até à criação do estado e do nascimento da primeira dinastia. Além do rei com uma coroa branca, do Alto Egipto, encontra-se ainda representada uma série de hieróglifos, forma de escrita que terá aparecido também por aquela época, e as primeiras imagens de uma celebração real, curiosamente muito semelhantes às que se encontram em épocas faraónicas.
No desenho, diz ainda Hawas, o rei é escoltado por seguidores de Hórus, deus dos Céus e símbolo da fertilidade do vale do Nilo. Estão também representadas cenas de luta, celebrações me barcos, símbolos do poder político e animais.
Para a arqueóloga María Carmela Gato, directora da investigação, a importância da descoberta está na sua composição. A peça de arte rupestre da época pré-dinástica “representa uma procissão de barcos supervisionada pelo rei acompanhado por dois porta-estandartes, um cortesão e um cão”, esclarece.
O desenho mostra semelhanças com as cenas talhadas na Paleta de Narmer, uma placa cerimonial de relevos representando o acontecimento histórico da unificação do Alto e Baixo Egipto.
Dez razões para não se caçar o Melro
SPEA envia carta aberta a ministra para revisão de nova lei

O melro não tem interesse económico.
Neste contexto, a entidade decidiu manifestar-se junto do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, em carta aberta assinada pela própria presidente da direcção da sociedade, Clara Casanova Ferreira, pedindo um processo de revisão da Lei da Caça.
Recorde-se que há já mais de 20 anos que não se caça esta ave e, inclusivamente, “grande parte dos caçadores, questiona os motivos, a necessidade e a legitimidade desta decisão”. A missiva sublinha igualmente que, antes pelo contrário, existem pelo menos dez razões para não se caçar esta espécie.
O melro poderia mesmo até ser considerado a Ave Nacional – Portugal não tem uma –, por existir em todo o território nacional (Continente, Açores e Madeira) e pela sua presença na cultura popular e erudita.
Está associada aos meios urbanos e o risco de conflito entre caçadores e outros cidadãos é muito elevado. Segundo a SPEA, nem sempre é fácil calcular no terreno a distância das habitações e outros edifícios urbanos, e manter-se a 500 metros, exigidos por lei. Ou seja, a caça a uma espécie fortemente urbana irá aumentar a incidência de acidentes.
Outras razões apontadas pela sociedade defendem que não estão provados os alegados prejuízos na fruticultura e o melro não tem características de praga, tal como a maioria dos turdídeos europeus, é maioritariamente zoófago. Alimenta-se de toda a espécie de insectos, aranhas, minhocas e outros invertebrados que captura no solo e na vegetação herbácea.
Esta é ainda uma espécie sem tradição cinegética e sem interesse económico – o que não justifica a sua caça, para além de dispor de populações estáveis ou com aumento moderado – o Índice de Aves Comuns, que constitui um indicador oficial de sustentabilidade.
O melro poderia mesmo até ser considerado a Ave Nacional – Portugal não tem uma –, por existir em todo o território nacional (Continente, Açores e Madeira) e pela sua presença na cultura popular e erudita.
Está associada aos meios urbanos e o risco de conflito entre caçadores e outros cidadãos é muito elevado. Segundo a SPEA, nem sempre é fácil calcular no terreno a distância das habitações e outros edifícios urbanos, e manter-se a 500 metros, exigidos por lei. Ou seja, a caça a uma espécie fortemente urbana irá aumentar a incidência de acidentes.
Outras razões apontadas pela sociedade defendem que não estão provados os alegados prejuízos na fruticultura e o melro não tem características de praga, tal como a maioria dos turdídeos europeus, é maioritariamente zoófago. Alimenta-se de toda a espécie de insectos, aranhas, minhocas e outros invertebrados que captura no solo e na vegetação herbácea.
Esta é ainda uma espécie sem tradição cinegética e sem interesse económico – o que não justifica a sua caça, para além de dispor de populações estáveis ou com aumento moderado – o Índice de Aves Comuns, que constitui um indicador oficial de sustentabilidade.
Próximo “rover” da ESA vai para Marte com tecnologia portuguesa
Universidade de Coimbra, Instituto Pedro Nunes e Active Space Technologies desenvolvem nova geração de aerogéis
2011-07-06
Por Luísa Marinho

Estes aerogéis distinguem-se dos demais “devido à sua flexibilidade”, diz Ricardo Patrício
Em conversa com o «Ciência Hoje», Ricardo Patrício, responsável da Active Space Technologies, explica que este material se distingue dos demais aerogéis “devido à sua flexibilidade”.
O aerogel é um “material extremamente poroso e leve o que permite uma excelente performance técnica. É óptimo para aplicação espacial como isolante térmico de componentes electrónicos”, esclarece o investigador.
Os que estão agora a ser desenvolvido serão utilizados para manter uma gama de temperatura ideal para o bom funcionamento dos aparelhos electrónicos. “Principalmente para proteger do frio, visto que as temperaturas podem descer ao 40 graus negativos e os componentes electrónicos só funcionam até aos 20 negativos”, esclarece.
A grande vantagem do aerogel é a sua característica de flexibilidade, “muito importante para conter as vibrações de grande energia que vão acontecer durante o lançamento”.

Aerogéis serão usados como isolante térmico de componentes electrónicos
O segredo da flexibilidade do material está no uso de “um processo específico de secagem dos produtos à base de sílica que garante uma menor densidade e maior flexibilidade”.
Outras aplicações dos aerogéis
Além das aplicações na área das ciências espaciais, este material pode também ser aplicado em construção civil e ser utilizado para filtrar materiais pesados, como os hidrocarbonetos, por exemplo, para filtragem de derrames de petróleo no mar.
A aplicação na área da saúde é também uma das possibilidades. “Podemos criar um tipo de cápsulas para medicamentos que garantam a libertação controlada e segura de fármacos”.
“Temos um componente I&D bastante forte e estamos a estudar estas aplicações mas ainda internamente, a pensar em potenciais parceiros”.
“Temos um componente I&D bastante forte e estamos a estudar estas aplicações mas ainda internamente, a pensar em potenciais parceiros”.
domingo, 3 de julho de 2011
Pensamento do dia
"Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem."
Bertolt Brecht Alemanha 1898 // 1956 Escritor/Dramaturgo

Posição em que grávidas dormem afecta risco de morte do feto
Estudo neo-zelandês foi o primeiro a investigar esta matéria

Dormir sobre o lado esquerdo acarreta menos riscos
As mulheres grávidas no final da gestação podem reduzir o risco de morte fetal dormindo para o lado esquerdo, sugere um estudo de investigadores neo-zelandezes que foi publicado no “British Medical Journal”.
No entanto, visto que este este foi o primeiro trabalho a investigar o efeito da posição na qual as mães dormem na saúde do feto, em casos de bebés nados-mortos, e são necessários mais estudos que comprovem estes dados, os cientistas alertaram que ainda é precoce aconselhar as grávidas a dormirem só para esse lado.
Os resultados mostraram que as mulheres que não dormiram para o seu lado esquerdo (dormindo de costas ou para o lado direito), apresentaram quase o dobro do risco de dar à luz um nado-morto. Contudo, a equipa liderada por Tomasina Stacey, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, advertiu que o aumento absoluto do risco de morte fetal permanece pequeno.
Os partos com nados-mortos ocorreram em 1,96 por mil casos nas mulheres que dormiam do lado esquerdo, em comparação com 3,93 por mil casos entre aquelas que dormiam noutras posições.
De acordo com os investigadores, uma das possibilidades para esta ocorrência está relacionada com o facto de, quando a grávida dorme de costas ou sobre o seu lado direito, o feto poder comprimir a veia cava inferior, que leva o sangue para o coração, o que conduziria a uma diminuição da quantidade de sangue oxigenado que volta do coração para os órgãos da mãe e, em consequência, para o bebé.
Para o estudo, os investigadores entrevistaram 155 mulheres que tinham dado à luz um bebé morto após, pelo menos, 28 semanas de gestação. Estes dados foram comparados com 310 grávidas cuja gravidez evoluiu normalmente.
As mães foram submetidas a um questionário sobre a posição em que dormiam, a duração do sono e se acordavam frequentemente antes da gravidez ou durante o último mês, na última semana da gravidez e na noite anterior ao parto. Os dados foram actualizados regularmente durante o último mês da gravideze mostraram que a posição em que as mães dormiam era o factor mais determinante das mortes prematuras.
sábado, 2 de julho de 2011
Morangos melhoram desempenho de glóbulos vermelhos
Consumo do fruto reflecte-se na capacidade antioxidade do sangue

Morangos apresentam grande quantidade de flavonóides
Os morangos aumentam a resposta dos glóbulos vermelhos do sangue perante o stress oxidativo, que ocorre em algumas situações patológicas - tais como doença cardiovascular, cancro ou diabetes - e fisiológicas – como nascimento, envelhecimento ou exercício físico -, revela um estudo publicado na revista "Food Chemistry".
Nesta investigação realizada por cientistas da Universidade Politécnica de Marche, na Itália, e da Universidade de Granada, em Espanha, um grupo de voluntários comeu meio quilo de morangos da variedade Sveva todos os dias durante duas semanas para demonstrar que a ingestão desta fruta melhora a capacidade antioxidante do sangue.
Embora os cientistas já tivessem tentado confirmar a capacidade antioxidante dos morangos em experiências laboratoriais in vitro, agora conseguiram demonstrá-lo in vivo.
Ao longo do período em que 12 voluntários saudáveis ingeriram durante o dia 500 gramas de morangos, foram recolhidas amostras de sangue, sendo que o mesmo processo foi repetido um mês após esta temporada.
Os resultados revelam que o consumo regular desta fruta pode melhorar a capacidade antioxidante do plasma sanguíneo e a resistência dos glóbulos vermelhos à fragmentação oxidativa. "Verificámos que algumas variedades de morangos tornam os eritrócitos [glóbulos vermelhos] mais resistentes ao stress oxidativo. Este facto pode ser de grande importância, se considerarmos que esse fenómeno pode conduzir a doenças graves", explicou o líder do estudo, Maurizio Battino.
A equipa analisa, agora, as variações causadas pela ingestão de quantidades menores de morangos, pois o consumo médio tende a ser uma tigela de 150 ou 200 gramas por dia. "O importante é que façam parte de uma dieta saudável e equilibrada, dentro das cinco porções diárias de frutas e legumes", apontou o cientista.
Os cientistas continuam a analisar diferentes variedades de morangos, já que cada uma tem as suas próprias quantidades e proporções de antioxidantes. Os morangos apresentam grande quantidade de compostos fenólicos, como os flavonóides, que diminuem o stress oxidativo que, para além de ocorrer em situações patológias e fisiológicas, dá-se no confronto entre "tipos reactivos do oxigénio" - em particular, os radicais livres - e as defesas antioxidantes do organismo.
Asteróide passou em alta velocidade pela Terra
Corpo celeste não causou transtornos

Trajectória do 2011 MD. (Imagem: Nasa)
No momento em que mais se aproximou da superfície terrestre, a rocha espacial passou exactamente a 12.230,5 quilómetros, sobre o Atlântico Sul, segundo cálculos apresentados pela agência espacial norte-americana.
O asteróide teria 18 metros de extensão e 4,5 metros de largura. Foi descoberto somente na semana passada, em observações feitas a partir de um telescópio instalado no Estado norte-americano do Novo México.
De acordo com astrónomos, outros corpos celestes de tamanho parecido se aproximam da Terra a cada seis anos em média. No início de 2011, um bastante semelhante a este último passou a 5.471,5 quilómetros da superfície terrestre, também sem causar problemas. O asteróide que mais perto passou pela Terra foi o 2011 CQ1 com uma distância de 3.405 milhas.
De acordo com astrónomos, outros corpos celestes de tamanho parecido se aproximam da Terra a cada seis anos em média. No início de 2011, um bastante semelhante a este último passou a 5.471,5 quilómetros da superfície terrestre, também sem causar problemas. O asteróide que mais perto passou pela Terra foi o 2011 CQ1 com uma distância de 3.405 milhas.
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