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sábado, 6 de dezembro de 2008

PARVOICES DE UM COMANDANTE DE POSTO DA GNR - PARTE III

No dia 14 de Abril de 2004, pelas 20h00, encontrava-me de patrulha às ocorrências acompanhado do (adivinhem), esse mesmo, o Cabo Gouveia, quando recebi uma chamada via rádio a informar que no lugar do Monte, Barbudo, Vila Verde, tinha havido um presumível homicídio.
Desloquei-me para o local, e, lá chegado, fui alertado por uma testemunha, que momentos antes tinha ouvido um indivíduo dizer a uma senhora "VOU-TE MATAR", e que de seguida ouviu um tiro e viu uma senhora em pé toda ensanguentada, vendo ainda o dito indivíduo atirar a arma do crime para uma bouça. Procedi às necessárias diligências e encontrei o presumível homicida numa freguesia vizinha.
Levei-o para o Posto e de imediato contactei o senhor Procurador-adjunto, dando-lhe conhecimento dos factos e realçando que o crime era da competência da Polícia Judiciária. Referiu-me que não interessava e que, o apresentasse a juízo no dia seguinte. Fui jantar. Ao chegar ao Posto despertou-me a atenção um jeep de côr escura que se encontrava estacionado no parque do Posto. Entrei no posto e reparei que lá se encontravam dois indivíduos. O Atendimento apresentou-mos. Eram dois inspectores da PJ que queriam saber o que se tinha passado e assumir a direcção do inquérito. Perguntei-lhes como souberam da ocorrência. Disseram-me que foi o sr. MARTINS (Cmdt do Posto) que lhes telefonara a dar conhecimento do que se tinha passado. Respondi-lhes que já tinha dado conhecimento ao Senhor Procurador e que ele me dissera que os apresentasse a juízo no dia seguinte. E mais disse, que devido à gravidade do caso o sr. Cmdt do Posto deveria estar presente, pois já para isso ganha suplemento de Comando. Mas como o pobre do homem não tem carta de condução!!!!......
Depois de desentendimentos com a PJ e o Procurador, com este a dar o dito pelo não dito. Até que cerca da 01h00 (hora de eu despegar)

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